No buraco

Líder cobra de presidente da Petrobras honestidade intelectual no reconhecimento de má gestão

A mídia destaca declarações da presidente da Petrobras, Graça Foster, sobre as intenções da empresa para sair do buraco e aspectos que levaram a resultados tão negativos neste ano. Na última sexta-feira foi divulgado prejuízo, no segundo trimestre, de R$ 1,3 bilhão da principal empresa brasileira. O tema foi abordado nesta terça-feira pelo líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), na tribuna da Casa. O tucano afirmou que o país assiste Foster “tirando do armário” e “jogando fora” todas as mazelas na Petrobras, mas falta à executiva um pouco de “honestidade intelectual”.

“Talvez lembrar que ela própria era diretora dessa empresa, talvez lembrar que seguia orientações do governo federal, da mesma gestão que ela serve. E, mais ainda, lembrar que a presidente da República comandava o Conselho de Administração no momento em que esses prejuízos e essa política de fato era aplicada”, apontou Bruno Araújo. Ou seja, o deputado lembra que as críticas de Graça Foster se referem, na verdade, a decisões tomadas pela própria gestão petista nas quais ela e Dilma tinham conhecimento.

“Esperamos que a retirada dessas coisas do armário represente a mudança de uma política em que a Petrobras continue sendo indutora de desenvolvimento, ajudando a movimentar parte importante do PIB, mas possibilitando que a empresa tenha uma vida financeira saudável, para permitir a função social na qual os brasileiros apostaram ao longo de sua formação, e, na verdade, o próprio mercado de capitais fazer investimentos maciços naquela empresa”, elencou o tucano.

Como destaca documento editado pelo Instituto Teotonio Vilela, o câmbio é apontado pela companhia como um dos fatores que levaram ao rombo. “Mas é apenas o menor dos culpados. O que conduz a Petrobras a um mergulho que não se sabe em quão profundas águas irá parar é uma política equivocada ditada pelo Palácio do Planalto, que obriga a empresa a produzir com prejuízo e de maneira crescentemente ineficiente”, alerta o órgão de estudos políticos do PSDB.

Segundo o ITV, de 2003 até hoje – ou seja, ao longo de todo o período do governo do PT – a Petrobras jamais conseguiu cumprir suas metas de produção. Segundo o instituto, a principal razão para a derrocada da estatal é a política de preços para os combustíveis praticada no país nos últimos anos.

(Da redação/Foto: Alexssandro Loyola)

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