Melhoria no serviço


Imbassahy cobra medidas da Anatel na fiscalização dos serviços de telecomunicações

Durante audiência da Comissão de Ciência e Tecnologia sobre telefonia celular nesta terça-feira (7), o deputado Antonio Imbassahy (BA) não se convenceu de que as operadoras anteciparão os investimentos previstos em acordo firmado com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sindtelebrasil), Eduardo Levy, afirmou: “Faremos mais, em menos tempo”. O parlamentar, no entanto, não ficou satisfeito com a promessa. Imbassahy disse não ter visto mudanças nos planos das operadoras depois da suspensão da proibição para a venda de chips.

Play
baixe aqui

O presidente da Anatel, João Rezende, afirmou que o órgão está empenhado em garantir a melhoria do serviço de telefonia móvel e que vai fazer o acompanhamento trimestral das operadoras.  “A Anatel vai fazer um pente fino nesses compromissos. Não descartamos novas suspensões das vendas, caso os indicadores não melhorem”, informou.

Imbassahy se mostrou preocupado com as declarações do presidente. “Fiquei inseguro com essa afirmação de que a agencia passará a monitorar as operadoras. Ora, isso não deveria ser rotineiro?”, questionou, cobrando medidas efetivas da agência na fiscalização dos serviços.

O presidente do colegiado, deputado Eduardo Azeredo (MG), espera que, em três meses, o presidente da Anatel participe de reunião no colegiado e mostre o que mudou em relação ao número de reclamações, conforme prometido durante o debate.

“A qualidade do serviço não está boa. Perdemos ligações, não existe cobertura em estradas. Esses pontos precisam ser acompanhados de maneira mais imediata, com o compromisso trimestral que a Anatel fez hoje e, ao mesmo tempo, a informação que as companhias vão antecipar os investimentos que estavam previstos”, ressaltou.

Em relação à suspensão da venda de novos planos das operadoras, o deputado disse que é preciso entender os motivos da ação. “A venda de chips no Brasil é um sucesso, mas o fato é que a qualidade caiu porque não houve um acompanhamento da Anatel nem do próprio governo”, apontou.

Durante a audiência, Rezende afirmou que cobrou das operadoras medidas para melhorar o serviço. Segundo Azeredo, a única medida tomada é o compromisso das empresas de anteciparem os investimentos. “Esse é o ponto principal. Se era para três anos, por exemplo, vão fazer em dois anos. Agora, como isso vai melhorar na qualidade, vamos ver ainda com o acompanhamento dos dados. É preciso fiscalização”, disse.

Por fim, Azeredo lembrou que os recursos arrecadados por meio das telecomunicações, como Fistel e Fust ,não estão sendo usados no setor. Segundo informou, são R$ 12 bilhões do Fust que não foram usados até hoje e R$ 37 bilhões do Fistel.

(Reportagem: Letícia Bogéa com informações da Ag. Câmara/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower/ Vídeo: Hélio Ricardo)

 

 

Compartilhe:
7 agosto, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *