Política equivocada


Indústria repete baixo desempenho, sem sinais de voltar a crescer

Mendes Thame

A produção brasileira não dá sinais de que haverá uma retomada da produção. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em junho a produção subiu apenas 0,2% em relação a maio, resultado abaixo do esperado pelos analistas. O líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), diz que os números comprovam que o modelo de estímulo ao consumo, baseado naquilo que o trabalhador ainda vai ganhar, está esgotado e não se reflete em aumento da produção.

O setor produtivo registra quedas quando comparado ao primeiro semestre do ano passado e acumula perdas de 5,5% na comparação ao mês de junho de 2011. É o pior resultado desde setembro de 2009. Mendes Thame avalia que exatamente nesses setores faltou atenção, por parte do governo. “Falta investimento e apoio em infraestrutura para que a produção diminua custos e possa oferecer preços mais competitivos”, afirma o líder da Minoria.

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A receita, segundo o tucano, é simples, mas exige visão de longo prazo. Para ele é indispensável investir no setor privado fortalecendo o sistema de transporte, com melhores estradas, trens e hidrovias; eficiência nas telecomunicações e redução de impostos.

Vaz de Lima

Os incentivos do governo beneficiaram os fabricantes de veículos e setor de eletrodomésticos, mas não impediu que houvesse queda na produção dos bens intermediários – que é o maior da indústria, representado pelas metalúrgicas e produtores de celulose, borracha e plástico. O deputado Vaz de Lima (SP) afirma que a queda nas exportações reflete a falta de medidas decisivas quando a crise global começou.

“Vivemos um efeito retardado do arroubo do presidente Lula que não tomou medidas contra a crise quando ela ainda não havia chegado ao Brasil”, afirmou.

Reformas Necessárias – A redução de impostos seria uma alternativa para fortalecer a economia nacional. Mendes Thame diz que o PSDB conseguiu aprovar na Câmara dos Deputados uma emenda que isenta de qualquer imposto os produtos da cesta básica e defende mais empresas sendo beneficiadas pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa que na prática reduz tributos sobre a produção.

A emenda será analisada pelo Senado e depois de aprovada, deve ser sancionada pela presidente Dilma. “Na hora em que desonerarmos aquilo que é consumido pelos mais pobres, estaremos, na prática, aumentando sua renda real e construindo um país menos desigual”.

(Da redação / Foto: Ag. Câmara e Alexssandro Loyola / Áudio: Francisco Maia)

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3 agosto, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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