Política energética


Líder do PSDB cobra solução para indústria dos biocombustíveis

O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), manifestou preocupação com a atual política energética brasileira. O tucano alertou para o que classificou de “iminente desmonte da indústria do etanol no país”. Segundo ele, as indústrias dos combustíveis renováveis ocupam 44,8% da matriz energética nacional. De acordo com o parlamentar, o governo federal brada que o país é o celeiro dos biocombustíveis, mas age de forma contraditória. “A política é equivocada e míope. Subtrai totalmente a competitividade do etanol de cana-de-açúcar vis-à-vis a gasolina fóssil e não renovável”, declarou.

Para Araújo, há um quadro de grave distorção da produção nacional de combustíveis limpos. Ele criticou as mudanças na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que zerou as alíquotas incidentes sobre a importação e a comercialização de petróleo, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível. O deputado considera que a medida afeta a competitividade do etanol hidratado.

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“Numa canetada, este governo conseguiu na prática impingir danos à indústria dos combustíveis limpos, privilegiando os combustíveis de origem mineral, como os querosenes, óleos combustíveis, e gasolinas de uma maneira geral”, explicou. A medida é totalmente distorcida, pois privilegia o uso somente da gasolina nos automóveis flex. A política de preços e de impostos do governo federal induz ao consumo do combustível fóssil”, completou.

Na opinião do parlamentar, é urgente que o governo encontre uma solução equilibrada para o problema. “O que poderia ocorrer com desonerações fiscais, por um determinado tempo, incidindo sobre os biocombustíveis renováveis. Do contrário, o fosso entre as duas fontes levará à provável extinção da indústria de renováveis”, ponderou.

“Defendemos o crescimento de uma matriz energética diversificada onde convivam os fósseis com os renováveis, compartilhando-se com sustentabilidade o atendimento da demanda nacional. O Brasil deve se orgulhar de seus recursos naturais e estabelecer isonomias para a competitividade de suas fontes de combustíveis. Desta maneira seremos respeitados como supridores sustentáveis de energias neste terceiro milênio”, destacou.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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12 julho, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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