Puxão de orelha

Ipea reforça alerta do PSDB: governo precisa investir para recuperar economia

Para que o Brasil cresça e se desenvolva, o governo federal precisa investir, desinchar a máquina pública e melhorar a eficiência na aplicação dos recursos. O comentário foi feito pelos deputados Nilson Leitão (MT) e Rogério Marinho (RN) diante da cobrança do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado à Presidência da República, que apontou a necessidade de aumentar o investimento público para a economia voltar a crescer.

Na avaliação de técnicos do Ipea, o modelo atual de crescimento, baseado apenas no consumo da população, está se esgotando. De acordo com Leitão, há anos o PSDB vem cobrando uma mudança de atitude. “O dinheiro está sendo mal utilizado e isso se soma à corrupção exacerbada que existe no nosso país. É óbvio que o governo federal está na contramão da história”, disse. Segundo o tucano, o puxão de orelha de um órgão ligado ao Planalto demonstra fragilidade na gestão petista.

Para o tucano, esta estagnação atinge diretamente o bolso do trabalhador. “A sociedade é que vai pagar caro. A irresponsabilidade e a falta de uma gestão eficiente vão trazer para o país um problema seríssimo lá no futuro”, previu.

Fundamentais para o crescimento da economia, investimentos continuam em baixa no governo Dilma

De acordo com Marinho, falta ao governo Dilma administrar de forma planejada, avançar nas reformas e acabar com o balcão de negócios entre Planalto e parlamentares da base aliada. “O governo tem baixa capacidade de investimento, justamente pelo corporativismo, pela falta de reformas estruturais, pela falta de se equacionar a problemática econômica do país. Mas, principalmente, o que falta é vontade política de fazer a reforma tributária para simplificar essa questão da arrecadação, diminuir o número de tributos. Eu acredito ser necessário que o país acorde e tome um rumo diferente”, afirmou.

O jornal “Folha de S.Paulo” informa que, de janeiro a maio, os investimentos do governo federal foram de R$ 8,5 bilhões, volume menor que os R$ 8,8 bilhões de igual período de 2011. As estatais também frearam suas despesas com obras e projetos, o que contribuiu para a queda.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)