Fracasso de gestão
Com apoio do PSDB, presidente da Petrobras é convidada a explicar ineficiência da empresa
Com o apoio de deputados do PSDB, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou nesta quarta-feira (4) requerimento do deputado Edio Lopes (PMDB-RR) que convida a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, para participar de audiência pública na Câmara. O objetivo é que ela preste esclarecimentos sobre o Plano de Negócios e o adiamento do início da operação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e das duas refinarias Premium previstas para serem construídas no Maranhão e no Ceará.
Para Vanderlei Macris (SP), o apoio do PSDB foi decisivo na aprovação do convite. Segundo o tucano, é preciso saber o que a companhia fez nos últimos anos. “A Petrobras é a verdadeira face da ineficiência da gestão petista. A queda das ações, a falta de planejamento e de crescimento da produção mostram claramente como agiu o governo na condução da empresa nos últimos anos”, ressaltou.
Além disso, o parlamentar lamenta o fato de a companhia ter se transformado em peça publicitária do PT. “Todos estão assistindo como o governo agiu, mostrando com ufanismo que a Petrobras era maior que o Brasil, tentando vender ilusões. E agora a realidade está mostrando uma situação vexatória”, apontou. “A presidente precisa explicar por que a empresa está sem credibilidade e sem investimentos”, cobrou.
Com a revisão nas estimativas de produção, os papéis da companhia engataram uma forte queda no pregão no fim de junho, frustrando investidores, conforme mostrou “O Globo”. Para Carlos Müller, analista da Geral Investimentos, a forte queda dos ativos da petrolífera é fruto do reajuste dos combustíveis abaixo do esperado pelo mercado, de 7,83%, enquanto os investidores esperavam uma alta de cerca de 15%. “Antes desse anúncio, as ações das empresas vinham apresentando uma boa performance. Agora, estão devolvendo parte dessa alta”, afirma o analista.
Em relação ao Complexo Petroquímico, Macris lembrou que estava previsto para ser construído até 2011, quando a produção da refinaria seria iniciada. A inauguração passou para 2012, depois para 2013 e agora para 2014. “Isso vai mostrando a ineficiência da empresa”, concluiu.
(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower/ Vídeo: Hélio Ricardo)
4 julho, 2012 
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