Lixo tóxico

Tripoli quer informações sobre contaminação do solo do Aeroporto de Guarulhos

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara aprovou requerimento de informação de autoria do deputado Ricardo Tripoli (SP) sobre a provável contaminação do solo do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O pedido será encaminhado ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.

O parlamentar disse que vem recebendo inúmeras denúncias de que o solo do maior aeroporto da América Latina está sendo contaminado. A imprensa tem veiculado que a região próxima ao terminal estaria funcionando como um cemitério químico clandestino.

Tripoli afirma que caminhões jogam dejetos tóxicos e entulho no local, inclusive no leito dos córregos. De acordo com o deputado, isso ocorre há mais de 20 anos. Ele quer saber quais providências foram tomadas para resolver o problema.

De acordo com o tucano, há oito anos foi feita uma denúncia de que a água usada no abastecimento do bairro de Lavras, em Guarulhos, estava ameaçada de contaminação de substâncias tóxicas. “Laudos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) divulgados à época mostraram que o lençol freático da região, conhecido como aquífero Cumbica, espécie de rio subterrâneo usado para obtenção de água potável, estava infectado por chumbo, bário e cromo, substâncias maléficas à saúde, provocando insônia, impotência sexual, perda de memória, elevação da pressão arterial, queda da imunidade, dores abdominais, problemas cardiovasculares e enxaqueca”, afirmou.

Segundo Tripoli, a reserva abastece 2.880 metros cúbicos de água por dia e é explorada pelo aeroporto, além de diversas indústrias, bem como pelo Serviço Autônomo de Águas e Esgoto (SAAE). A Infraero informa que o abastecimento da água é feito por poços artesianos perfurados em Guarulhos. A proposta aprovada recebeu adendo de outros deputados para ampliar a abrangência das informações aos demais aeroportos internacionais do país.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola)