ONGs de fachada

Mendes Thame cobra punição de envolvidos no Programa Segundo Tempo

O líder da Minoria na Câmara, deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP), apresentou requerimento nesta terça-feira (26) solicitando informações ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo, acerca das providências adotadas pela pasta sobre as denúncias de ONGs com o programa Segundo Tempo. As revelações resultaram na saída do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva.

Segundo Thame, o governo deve esclarecimentos sobre as medidas tomadas após as denúncias. “O funcionamento, dentro do Ministério do Esporte, de uma estrutura organizada para desviar recursos públicos usando as Organizações Não-Governamentais ‘amigas’ como fachada foi um dos escândalos mais desprezíveis do ano passado. Queremos saber o que aconteceu com os envolvidos. As informações são de fundamental importância para o desempenho de nossas atribuições constitucionais de acompanhamento das ações do Executivo”, afirma o líder.

Em 2010, a polícia de Brasília prendeu cinco pessoas acusadas de desviar dinheiro do programa Segundo Tempo, criado pelo governo federal para incentivar crianças carentes a praticar esportes. O grupo foi acusado de receber recursos do Ministério por meio de ONGs e de embolsar parte do dinheiro. Surpreendente foi constatar que um dos principais envolvidos era militante do PCdoB, amigo do Senhor Orlando Silva.

O policial militar, João Dias Ferreira, um dos militantes presos no ano de 2010, revelou à revista Veja, com riqueza de detalhes, como funcionava o esquema que desviou mais de 40 milhões de reais nos últimos oito anos. O dinheiro, que deveria ser utilizado na compra de material esportivo e alimentos para crianças carentes, acabaram no bolso de figurões e no caixa eleitoral do PCdoB. As verbas do programa Segundo Tempo deveriam ser usadas para criar 590 núcleos de prática esportiva e beneficiar mais de 60 mil crianças carentes.

(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)