Serviço essencial

Kaefer destaca importância do saneamento básico na área urbana

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que começou na quarta-feira (13) no Rio de Janeiro e segue até o dia 22, deve atingir metas para que o país siga em direção de um novo modelo. O objetivo da conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliaçãodo progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.O Brasil acumula dados negativos e não cumpre objetivos propostos da Agenda 21 (documento gerado durante a Rio 92). Uma das situações mais graves é o saneamento básico no país, que está longe de contemplar toda a população.

Apesar das metas de que, até 2020, o acesso à água e à rede de esgoto seriam universais, o Governo Federal ultrapassa uma década sem conseguir alcançar nem metade do objetivo. De acordo com o deputado Alfredo Kaefer (PR), o Brasil dá amostras de que está bem estruturado no meio ambiente, principalmente na área rural. “Temos uma cobertura de vegetação nativa superior a maioria dos países desenvolvidos. Ficamos devendo para o meio ambiente o acesso à rede geral de esgoto urbano, sem nenhum tipo de tratamento dos resíduos neles despejados. O resultado é a poluição dos cursos d’água”, afirma o parlamentar.

Segundo Kaefer, as grandes cidades tem vivenciado um verdadeiro caos por falta de preparo, pois o Estado não tem planejamento de infraestrutura e não foi investido o suficiente para isso. Para o deputado, o Estado deveria chamar ainiciativa privada, deixando de lado a hipocrisia e achando que os benefícios sociais não podem ser alocados também pelo mercado. Ele explica que água e esgoto é um benefício social que pode ser suprido através da gestão privada.  O uso racional da água e o combate ao seu desperdício são hoje uma preocupação mundial. Porém com o agravamento de falta de água, a população deve mudar seus hábitos e economizar o recurso.

Além disso, considera necessário debater as sugestões do estabelecimento das Áreas de Preservação Permanente (APPs). “A presidente da República aproveitou o Código Florestal para fazer proselitismo em cima do assunto com os vetos. Acredito que vamos mudar essa situação na Câmara, analisando a Medida Provisória ou propondo outro complemento no Código Florestal”, alerta o tucano.

(Da assessoria do deputado/Foto: Ag. Câmara)