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Adiamento da convocação de ex-diretor do Dnit e de dono da Delta é vergonhoso, diz líder do PSDB

Indignado, o líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), classificou de “vergonhosa” e “deplorável” a reunião da CPI do Cachoeira nesta quinta-feira (14), que adiou as convocações de Fernando Cavendish, principal executivo da Delta, e de Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).

Foi a base aliada que barrou a vinda de ambos após a aprovação dos requerimentos da quebra de sigilos dos governadores Agnelo Queiroz (DF) e Marconi Perillo (GO). “O que assistimos aqui é incompreensível”, condenou o tucano, que chegou a defender a saída dos deputados do PSDB no colegiado pelo menos na data de hoje.

Araújo lembrou que a CPI aprovou requerimentos para trazer dois governadores, mas se recusa a ouvir dois personagens importantes para a investigação. Em escutas gravadas pela PF, Cavendish disse, entre outras acusações graves, que poderia comprar senadores.

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Base aliada protela ida de suspeitos de envolvimento com Cachoeira à CPI por medo, reprovam tucanos

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A Delta é a empreiteira queridinha do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem suspeitas de ligação com o esquema de Carlos Cachoeira. O Dnit, por sua vez, assinou contratos milionários com a Delta, e Pagot inclusive manifestou interesse em depor na comissão de inquérito. Mas os aliados ao Planalto impediram a convocação de ambos na CPI, apesar de ter permitido a vinda de pessoas que nada acrescentaram para as investigações.

“Esta não é a CPI do Brasil verdadeiro, que não vê o que deveria fazer de principal. Com essa votação a comissão desmoraliza nossa atividade. O momento é vergonhoso, infeliz e deplorável para a democracia deste Congresso”, condenou o líder. Para ele, houve uma “operação de proteção absoluta”. Araújo lembrou que o PSDB foi a favor da vinda de Pagot apesar dele ter prometido que traria denúncias contra o próprio partido. “Se a comissão se portar desta forma é melhor passar a chave e cuidar de outras coisas de nossa vida. Vivemos um momento deplorável da vida pública brasileira”, completou o líder.

(Da redação/Foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Elyvio Blower)

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14 junho, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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