Modelo de desenvolvimento


Eduardo Azeredo espera comprometimento dos países na Rio+20

Com o objetivo de contribuir para um futuro mais sustentável, parlamentares, chefes de Estado, professores, pesquisadores universitários e pessoas preocupadas com o meio ambiente participam da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O evento, que começou nessa quarta-feira (13) no Rio de Janeiro e segue até o dia 22, deve atingir metas que servirão para que os países sigam em direção de um novo modelo de desenvolvimento. O problema é: o evento começou e até agora existem mais de 20 temas sem acordo, o que poderá dificultar uma negociação entre os países.

Segundo levantamento do setor de relações públicas da Câmara, 10 deputados do PSDB participarão do encontro. São eles: Eduardo Azeredo (MG), que já está no RJ, Carlos Sampaio (SP), Mara Gabrilli (SP), Nilson Leitão (MT), Zenaldo Coutinho (PA), Andreia Zito (RJ), Bruno Araújo (PE), Fernando Francischini (PR), Otavio Leite (RJ) e Ricardo  Tripoli (SP).

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De acordo com Azeredo, o início dos trabalhos ainda está cheio de interrogações. “Os temas não se resolvem pela vontade de um país só. É uma questão que envolve todas as nações do mundo. Por isso, é mais complexo. O importante é que possamos atingir o objetivo de definir metas que possam ser aceitas”, apontou nesta quinta-feira (14).

São 81 páginas, seis capítulos e 835 assuntos pendentes na versão mais recente do documento que está sendo negociado na conferência. A grande quantidade de lacunas no documento mostra que será impossível concluir até amanhã a última rodada de negociações. A decisão final ficará nas mãos dos chefes de Estado e seus chanceleres. Eles vão colocar o ponto final no texto, conforme mostrou “O Globo”. Sobram temas e falta consenso entre os diplomatas que negociam o texto final. Energia, clima, reforma do sistema financeiro e biodiversidade estão entre os grandes assuntos ainda em aberto.

Mesmo com esse cenário, Azeredo acredita que o trabalho feito pelo Itamaraty dá uma tranquilidade inicial do ponto de vista estrutural e de funcionamento. Mas ressalta: “Temos que aguardar a evolução do ponto de vista do conteúdo, das questões que serão discutidas.”

Conforme informou o tucano, a questão do clima será abordada apenas em eventos paralelos, porque o tema não foi incluído pela Organização das Nações Unidas (ONU) na pauta inicial. “Vamos discutir mais pontos ligados à energia, sustentabilidade e economia. Esses são os principais.”

Por fim, o deputado disse acreditar na posição dos tucanos, que considerou ativa e crítica em relação a algumas omissões do governo brasileiro. “Temos uma posição sensata, de reconhecer a complexidade, mas a necessidade de ações com o tema.” Ontem, durante a palestra, o deputado disse que não é bom falar somente de um setor de meio ambiente, pois esse é um assunto de toda a sociedade e não só de um setor.

Acelerar o ritmo

→ As negociações se arrastam. O próprio secretário-geral da ONU para a Rio+20, Sha Zukang, chegou a pedir que os negociadores acelerem o ritmo das discussões para que a conferência possa anunciar um documento histórico e ambicioso.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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14 junho, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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