Sustentabilidade
Kaefer critica defesa governamental da produção e do consumo de carro à véspera do início da Rio+20
A defesa atual do governo Dilma dos estímulos à indústria automobilística à véspera do início da Conferência Rio+20 é inadequada sob o ponto de vista econômico, disse o deputado e membro da Executiva Nacional do Partido Alfredo Kaefer (PR) em discurso registrado na Câmara. Ele avalia que a medida “pouco contribuirá para reverter a queda do Produto Interno Bruto em 2012, em relação a 2011 e 2010, e para elevá-lo a índice aceitável em 2013”. “Além disso, ela choca-se com a preocupação mundial no sentido de se transformar uma economia de alto consumo de derivados de petróleo e de emissões de carbono em outra capaz de proporcionar a sustentabilidade entre os fatores econômicos e o meio ambiente”, completou.
A seu ver, a citada defesa inadequada e extemporânea “contribuiu para reduzir ainda mais a credibilidade dos governos petistas quanto à sua capacidade de lidar com questões relativas ao meio ambiente e, também, para deixar ainda mais claro a ausência de uma visão estratégica para se promover o desenvolvimento brasileiro sustentável”.
Acrescentou que “há um evidente retrocesso no setor energético brasileiro com repercussões ambientais porque, entre outros fatos, os governos petistas foram incapazes de assegurar à expansão da produção e do consumo de álcool combustível”.
O parlamentar e empresário com atuação em diversos setores, inclusive o de agronegócios, destacou ainda “a necessidade de se conciliar o aumento da produção de alimentos com a preservação ambiental é atualmente um dos maiores desafios mundiais e tema da Rio + 20. Porém, no Brasil assiste-se a um conflito permanente entre produtores e ambientalistas estimulado, de certa forma, pelo governo petista, sobretudo depois dos vetos presidenciais ao Código Florestal acompanhados da edição de uma Medida Provisória cuja tramitação também no Legislativo será conturbada”.
Concluiu afirmando que “está na hora de o governo Dilma parar de agir como cego no meio de um tiroteio, sem saber para que lado correr e como fazê-lo. O Brasil precisa de rumo com base numa estratégia de desenvolvimento sustentável que concilie, adequadamente, os seus fatores de produção (capital, trabalho e insumos) com a preservação ambiental, sem abrir mão de uma taxa de crescimento médio do PIB capaz de atender à demanda de empregos e às demais necessidades sociais”.
(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)
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