Sigilo corrompido


Francischini cobra de petista investigação sobre invasão de dados pessoais

Durante o depoimento do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, à CPI do Cachoeira nesta quarta-feira (13), o deputado Fernando Francischini (PR) pediu providências em relação ao episódio em que seus dados pessoais foram acessados sem autorização judicial por policiais militares do DF. O tucano exigiu medidas como a demissão do chefe da Casa Militar do DF, coronel Rogério Leão.

De acordo com o tucano, seu sigilo telefônico foi invadido após apresentar denúncia contra o governador. O acesso aos dados foi revelado por uma auditoria interna do Ministério da Justiça. A consulta ficou registrada no Sistema de Informações de Segurança do governo federal (Infoseg). De acordo com a investigação, os militares tiveram acesso a informações pessoais de Francischini um dia após o deputado ter protocolado na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido de prisão do governador por suspeita de lavagem de dinheiro.

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“Encaminhei ao relator da CPI o parecer do ministro da Justiça, que é do seu partido, informando que dois sargentos da Casa Militar usando suas senhas de dentro do Palácio do Buriti quebraram meu sigilo de dados pessoais no dia seguinte a denúncia”, relatou Francischini. “Eu acho que esse chefe da Casa Militar tem que ser demitido'”, cobrou o deputado. Segundo ele, foi Rogério Leão quem determinou a invasão. Agnelo negou que tenha havido quebra ilegal de sigilo e disse que irá pedir apuração.

De acordo com Francischini, Giovani Pereira, contador do bicheiro Carlos Cachoeira, foi quem pagou pelo grampo ilegal. O tucano questionou o governador sobre a razão pela qual impediu que a CPI da Arapongagem na Câmera Legislativa do DF funcionasse. O petista não conseguiu explicar como a CPI morreu antes mesmo de nascer e disse que os deputados distritais desistiram da iniciativa.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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13 junho, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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