Bom exemplo
Tebaldi volta a uma conferência ambiental da ONU para destacar preservação do mangue em Joinville
Duas décadas após ir à Rio 92 para apresentar um exitoso projeto de preservação do mangue em Joinville (SC), o deputado volta à capital carioca para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Na Rio+20, o tucano destacará o impacto positivo da iniciativa na cidade catarinense desde então. “Atingimos dois objetivos: conseguimos preservar os manguezais e dar melhores condições de vida para as 10 mil famílias que viviam naquele local”, afirmou o parlamentar nesta terça-feira (12).
Engenheiro sanitarista e ambiental formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na época Tebaldi foi designado pela prefeitura para resolver o delicado problema social e ambiental na cidade que posteriormente comandou como prefeito. A área estava sendo invadida, inclusive por palafitas, provocando sérios riscos para aquele ecossistema.
baixe aquiUma das principais medidas foi a construção de um canal de contenção ao longo de toda a área, com mais de 12km, isolando os manguezais de área tomada. Paralelamente, o então coordenador do Núcleo de Bacias Hidrográficas liderou um exitoso trabalho de conscientização junto à comunidade, com a respectiva urbanização da área tomada.
O legado do projeto é incontestável: o índice de preservação do mangue de Joinville chegou a 95%. O reconhecimento público vem de longa data. Em setembro de 92 o tucano recebeu a comenda Preserve Planet Earth, concedida pelo Rotary Club Internacional. Dois anos mais tarde os Correios lançaram um selo intitulado “Preservação dos Manguezais e Zonas de Maré.”
Passados 26 anos do início do trabalho, o hoje deputado federal volta a uma grande conferência ambiental para apresentar um documento com os resultados de um trabalho que pode servir de inspiração para outras regiões. Estudos recentes mostram queda significativa da ocupação e da destruição de mangues na região, em grande parte pelo trabalho feito naquela época. Conforme o Atlas da Mata Atlântica, os mangues deste bioma resistem na região Norte de Santa Catarina, segundo dados de 2011. Na comparação com o estudo anterior, finalizado em 2008, diagnósticos apontam crescimento do ecossistema nas imediações da Lagoa do Saguaçu.
De acordo com Tebaldi, a expectativa é a melhor possível para a Rio+20. “Nunca este tema da preservação do meio ambiente esteve tão presente como hoje. É muito importante para o mundo e para o Brasil fazer uma avaliação desses 20 anos da Rio 92. Espero que os resultados e avaliações possam servir para que possamos ter um mundo mais sustentável”, apontou o parlamentar.
(Reportagem: Marcos Côrtes/ Fotos: Alexssandro Loyola e divulgação/Áudio: Elyvio Blower)
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