Mudanças paliativas


Rodrigo de Castro: estagnação da economia é resultado da falta de ações efetivas do Planalto

O deputado Rodrigo de Castro (MG) fez uma análise do atual cenário econômico brasileiro e atribuiu a desaceleração do crescimento ao fraco planejamento do governo federal. O tucano avalia que faltam ações capazes de beneficiar a economia. Jornais desse fim de semana apontaram para a ausência de reformas, redução dos investimentos e adoção de medidas equivocadas para estimular o mercado. Uma situação preocupante, de acordo com o parlamentar.

“A presidente Dilma tem se mostrado incapaz de dar as respostas que o Brasil precisa”, destacou o tucano, ao cobrar reformas estruturais. “O governo não tem a menor preocupação com elas. A reforma tributária teria uma grande importância nesse momento”, ressaltou.

O deputado afirma que a produção brasileira tem sido afetada pela invasão de produtos importados, especialmente chineses. Eles competem com os nacionais, onerados pela imensa quantidade de impostos. “Estamos vendo a nossa indústria perder competitividade, o nosso trabalhador perder emprego e as indústrias fecharem postos de trabalho”, disse.

Play
baixe aqui

Para ele, a gestão do PT tem reagido com medidas que, na maioria das vezes, não conseguem produzir efeitos duradouros e acabam prejudicando ainda mais o setor. Recentemente, foi anunciado mais um pacote de “bondades” do governo com reduções de juros e cortes de impostos em áreas específicas. Mais uma vez, a macroeconomia não foi contemplada. “O governo acena com ações pontuais e paliativas. Está sempre correndo atrás do prejuízo. Isso mostra pouco planejamento e preparo”, afirmou.

A falta de investimentos é outro fator que tem prejudicado o desenvolvimento do país. Como destaca o Instituto Teotônio Vilela em sua Carta de Mobilização Política desta segunda-feira (4), há anos ouvem-se clamores para que o governo realize os investimentos necessários para melhorar a competitividade. Mas não é isso que se vê. Se em 2010, as aplicações federais corresponderam a 1,2% do PIB. No ano passado caíram para 1% e, neste ano, não devem passar de 0,9%.

Os recursos destinados à infraestrutura, área considerada fundamental para promover desenvolvimento, são de apenas 0,4% do PIB, menos da metade da média mundial. Castro ressalta que, além de não investir, o Planalto não cria um ambiente propício aos aportes privados. Empresários brasileiros e estrangeiros não veem mais no país um bom local para investir.

O resultado é a estagnação da economia. Segundo o Banco Central, a previsão para o PIB de 2012 caiu para 2,72% – a quarta redução seguida. A estimativa passa bem longe dos 4,5% inicialmente propalados pelo Executivo.

Segundo Rodrigo de Castro, a paralisia é a resposta do mercado para a falta de planejamento, ações efetivas e capacidade gerencial. “A fatura agora está sendo cobrada e o governo do PT está completamente perdido e não tem condições de dar as respostas que o país precisa nesse momento”, disse.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Leonardo Prado/Ag. Câmara / Áudio: Elyvio Blower)

Compartilhe:
4 junho, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *