Saúde pública

População é prejudicada com a perda de espaço dos remédios genéricos, criticam deputados

A população mais pobre está tendo dificuldades em ter acesso aos medicamentos genéricos porque o governo petista não se preocupada com a saúde pública. A avaliação é dos deputados João Campos (GO) e Leonardo Vilela (GO) sobre a perda de espaço dos genéricos no mercado com o loteamento político da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a falta de campanhas governamentais em prol desses remédios.

O alerta foi feito pelo ex-ministro da Saúde José Serra. Para Campos, o descaso prejudica o cidadão mais carente. “Isso passa a ter consequências, portanto, na política de saúde do Brasil. Isso certamente está ocorrendo em função tanto desse loteamento político, desse aparelhamento do PT nos órgãos públicos, quanto em razão de alguma conveniência do governo com a indústria farmacêutica”, afirmou.

Vilela condena a ação do Executivo federal, que deixa de lado uma grande conquista do brasileiro e sacrifica os mais pobres, que deixam de ter acesso a remédio de qualidade com preço reduzido. “A Anvisa, que deveria ser a principal incentivadora dessa política, é loteada entre diversos partidos e acaba não exercendo adequadamente seu papel. Grande parte da população brasileira é prejudicada porque continua tendo o acesso restrito a medicamentos de alta complexidade, de alto custo”, disse.

O medicamento genérico foi lançado no Brasil há 12 anos pelo governo Fernando Henrique Cardoso com grande sucesso. São 17 mil produtos genéricos registrados, que representam 25% do total das vendas no mercado farmacêutico. O preço médio é 50% abaixo dos remédios de marca. Os brasileiros economizaram cerca de R$ 22 bilhões ao longo de 12 anos comprando genéricos.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)