Empreiteira suspeita
Esquema da Delta mostra fragilidade do Estado para se defender da corrupção, diz Thame
O líder da Minoria na Câmara, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), alertou para a permanência da fragilidade do Estado brasileiro de se proteger da delinquência e da corrupção mesmo após o surgimento de tantos escândalos. “O atual esquema da Delta repete o esquema do mensalão: o delta-duto substitui o valerioduto, e muitas das figuras são as mesmas”, comparou o tucano ao se referir à empreiteira preferida do Programa de Aceleração do Crescimento com o episódio que marcou o governo Lula. Essa vulnerabilidade está sendo mais uma vez explicitada pela CPI do Cachoeira, segundo o tucano.
Em seu pronunciamento (leia a íntegra), Thame afirmou que cabe à comissão de inquérito investigar mais a fundo como funciona o esquema de desvios de recursos públicos por meio da empresa e também se outros agentes públicos ou privados estão envolvidos no que chamou de “rosário de maracutaias e delinquências.” O aprofundamento é necessário porque a comissão de inquérito já recebeu informações da Polícia Federal que indicam, segundo ele, a existência de um amplo esquema de apropriação e de desvio de recursos públicos.
Conforme destacou, apenas dos governos Lula e Dilma a Delta recebeu R$ 8 bilhões. Os contratos com o poder público turbinaram o patrimônio da empreiteira, que saltou de R$ 50 milhões em 2001 para R$ 1,1 bilhão no ano passado. Ao longo do tempo, a empresa multiplicou sua participação nas obras do governo, “vencendo em série licitações, uma atrás da outra, celebrando contratos e obtendo reajustes de preços por meio de aditivos, práticas administrativas recorrentes que causam irregularidades”.
Para o líder da Minoria, os indícios de irregularidades ultrapassam em muito uma mera investigação sobre as relações do contraventor Carlos Cachoeira, que o tucano chamou de “um protagonista secundário”. Diante das suspeitas, o tucano protocolou nessa quinta requerimentos de informação a quatro ministérios questionando a suspensão ou o cancelamento dos contratos com a empresa. Thame pede, ainda, o número dos contratos, objeto, valor original, duração, motivo dos cancelamentos ou da suspensão e cópias dos referidos aditivos.
Ainda de acordo com o parlamentar, há “alguma força” fazendo com que essa empresa ganhe tantas licitações do PAC. “Isso tudo evidentemente gera um vínculo de mão dupla, de vai e de vem, de beneficiar empresas e de receber em troca alguma coisa que acaba sendo esse delta-duto que vai beneficiar os acólitos do poder”, alertou Thame. De acordo com o deputado, cabe às investigações apurar o funcionamento deste mecanismo.
(Reportagem: Marcos Côrtes/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio Elyvio Blower)
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Parabens, precesamos de mais parlamentares trabalhando para esclarecer a população sobre casos que a imprensa em geral nao entra em detalhes. continue.
Muito bem! Texto nota 10. Vou levar!!!!
Nossa campanha no FB: INTERPELA O LULLA, PSDB.
Parabéns!!!Deputado Mendes Thame!!! por sua brilhante iniciativa e atuação ao protocolar requerimento junto aos órgãos e ministérios que detém os contrtos e seus respectivos aditamentos com a Construtora Delta e não pare por aí!!! vá fundo nesta questão,cobrando toda esta documentação, divulgando através da internet e imprensa, os resultados.
As pessoas, a sociedade em geral e o Brasil, precisam saber quem são: o PT, o Lula, o Zé Dirceu e Dilma, quais são suas maiores virtudes, arquitetar maracutaias e esquemas de corrupção nos ógãos Públicos e Privados, no País inteiro.
Por isto que os americanos dizem que o Brasil não é um País sério, a corrupção anda solta em qualquer lugar as investigaçoes avançam, mas na hora das conclusões e punições, quase ou sempre termina em pizza.