Ações paliativas


Vaz de Lima aponta medidas necessárias para frear desindustrialização

O deputado Vaz de Lima (SP) participou do programa “Brasil em Debate” da TV Câmara e defendeu medidas estruturais para conter a desindustrialização no país. O tucano criticou as ações adotadas pelo governo federal para estimular a economia e afirmou que é preciso investir em infraestrutura e qualificação da mão de obra.

O debate teve a participação do deputado Renato Molling (PP-RS) e foi baseado em afirmações do presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara, Márcio Reinaldo (PP-MG). Segundo o parlamentar, que é da base do governo, o Planalto adota medidas de curto prazo para evitar a estagnação industrial ao invés de optar por ações de longo prazo que garantam investimentos e competitividade à indústria.

Vaz de Lima afirmou que a declaração representa exatamente o que tem acontecido no país. “Concordo com o deputado. Acho que as medidas tomadas são paliativas, de curto prazo e que atacam problemas periféricos”, disse. Nesta semana, o Executivo anunciou incentivos fiscais para setores específicos, como o automobilístico.

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“A questão não está sendo atacada de forma estruturante. Os verdadeiros problemas estão sendo deixados de lado”, apontou o tucano. Para ele, várias ações maiores precisam ser tomadas juntas para proporcionar crescimento. O deputado afirma que a capacidade industrial brasileira ainda não foi atingida e por isso não se pode admitir que outros segmentos se desenvolvam com mais força que a indústria.

“Uma das coisas que precisam acontecer no país é acreditar que não chegamos no estágio máximo de industrialização, ao ponto de trocá-la por outro tipo de atividade. Tem ainda que qualificar a mão de obra. E mexer em infraestrutura. Não adianta ter o produto industrial se não tiver estrutura para levá-lo ao consumidor ou para exportar”, destacou.

O deputado explicou que o Brasil hoje tem se baseado em montar produtos. As montadoras estão em alta no país, enquanto a produção industrial tem recuado. Além de rever esse modelo, o tucano afirma que o Executivo precisa se atentar para o câmbio e os juros e impedir que as importações superem as exportações.

“O problema é que não se está investindo em pesquisa e tecnologia para se agregar valores aos produtos.  É por isso que vamos só piorando”, destacou.

O deputado Renato Molling também defendeu medidas mais eficazes e lamentou pelas ações apenas pontuais do governo Dilma.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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25 maio, 2012 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Ações paliativas”

  1. Alexandre Alves Santiago disse:

    COMO PODE O BRASIL EXPORTAR PETRÓLEO PARA CHINA, E IMPORTAR 30% (TRINTA POR CENTO) DE TODO O ÓLEO DIESEL QUE CONSUME?

    DEVERIA SER PROIBIDO POR LEI A EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO CRÚ. SOMENTE DERIVADOS PODERIAM SER EXPORTADOS.

    DESTA FORMA, DENTRO EM BREVE A NOSSA TRIBO ESTARÁ TROCANDO PETRÓLEO, FERRO, BAUXITA E NIÓBIO POR CELULARES, I-PODS, TVS DE PLASMA E LAPTOPS.

    É O RETORNO DEFINITIVO AO BRASIL COLONIAL.

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