Hora de retribuir

Wandenkolk Gonçalves destaca recursos naturais do Pará e cobra mais atenção para o estado

Apesar da infinidade de produtos e recursos naturais gerados pelo Pará, o estado não recebe contrapartida suficiente do governo federal. Em discurso nesta terça-feira (15), o deputado Wandenkolk Gonçalves (PA) afirmou que a abundância de recursos do estado ainda não se traduziu em desenvolvimento.

“As máquinas e as empresas chegam, levam toda a riqueza, sem deixar nada mais do que buracos e pobreza, que não acaba. Pelo contrário, aumenta. O Pará já fez muito pelo Brasil. Chegou a hora de o Brasil retribuir”, comentou.

O tucano citou como exemplo do descaso a BR 155, que liga os municípios de Redenção e Marabá. Segundo ele, a rodovia está acabada e o governo estadual não pode atuar, já que a estrada foi federalizada. O Executivo federal, responsável pela pista, não disponibilizou dinheiro para a recuperação do trecho. “Esta Casa precisa fazer com que os recursos que disponibilizamos no Orçamento da União sejam direcionados para aqueles que mais precisam. A situação das estradas no meu estado é uma lástima”, criticou.

Outro caso crítico é o da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, criada por meio de projeto de lei da presidente Dilma. Sem qualquer justificativa técnica, foi excluído o campus de Paraupebas, o município que mais contribuiu para a balança de pagamento do estado. Já a hidrovia do Tocantins, planejada há mais de 20 anos, foi retirada sem explicações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Antes disso, o governo gastou R$ 1,5 bilhão para fazer as reclusas do rio. “O Congresso tem condições de corrigir essa injustiça e transformar aquele corredor de exportação não só para o Pará, mas para o Brasil e principalmente para o Centro-Oeste, num polo alavancador de desenvolvimento.”

Wandenkolk destacou aspectos positivos do Pará, que é “uma síntese da Amazônia”. Praias, sol, chuva, solos férteis, minérios, agricultura e comunidades indígenas são aspectos marcantes da região. “O estado tem o maior e mais diverso estuário do mundo: tem recursos pesqueiros, o solo é coberto com uma exuberante floresta, que chega a beirar os 30 bilhões de árvores, e tem uma das maiores biodiversidades mundiais. A vasta rede hidrográfica permite estimar potencial hidrelétrico de mais de 40 gigawatts.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)