Quebra de decoro


Conselho de Ética abre procedimento preliminar para avaliar pedido do PSDB de processo contra Protógenes

O Conselho de Ética da Câmara abriu procedimento preliminar de investigação contra o deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP), suspeito de envolvimento com a organização criminosa de Carlos Cachoeira. O PSDB protocolou o requerimento que pede a abertura de processo por quebra de decoro contra o parlamentar.

Nesta quarta-feira (9), o presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), sorteou três nomes para a relatoria. Os nomes sorteados foram Amauri Teixeira (PT-BA), Jorge Corte Real (PTB-PE) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Na próxima semana, Araújo define o relator, que decidirá se abre ou não o processo disciplinar. Em caso positivo, Protógenes terá 10 dias para apresentar a defesa.

Os deputados Carlos Sampaio (SP) e Fernando Francischini (PR) ficaram de fora do sorteio por terem sido os últimos relatores em outros processos no Conselho de Ética.

Protógenes foi flagrado conversando com Dadá em escutas feitas pela operação Vegas da Polícia Federal. Em uma das conversas, o deputado indica o interesse de se aproximar do ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, um dos aliados do bicheiro. Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, em uma das escutas Protógenes teria dito ter uma missão para o araponga, que seria apresentá-lo ao dirigente da empreiteira Delta.

O nome do deputado também aparece nas investigações da operação Monte Carlo da PF, em pelo menos seis conversas suspeitas com Dadá. O araponga esteve a serviço de Protógenes na Operação Satiagraha.

O Conselho de Ética também apresentou a lista tríplice de relatores sobre a representação contra o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA). Ele é acusado de ter nomeado em seu gabinete, como secretárias parlamentares, a mãe e a irmã do deputado estadual Nelson Leal (PSL-BA). Já Leal nomeou em seu gabinete, na Assembleia Legislativa da Bahia, a mãe e um tio de Bacelar. Se confirmada, a prática fere a súmula antinepotismo do Supremo Tribunal Federal. A denúncia foi feita pela revista “Veja”.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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9 maio, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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