De olho nas eleições


Governo Dilma turbina Bolsa Família para tentar colher dividendos nas urnas

A cinco meses das eleições municipais, o governo Dilma turbina o Bolsa Família na tentativa de colher dividendos nas urnas, principalmente nas regiões mais carentes do país. Ao mesmo tempo, descumpre promessas de campanha na área social que poderiam beneficiar o mesmo público-alvo do seu programa assistencial. Foi dessa forma que deputados do PSDB avaliaram a iniciativa que será anunciada com pompa pela presidente Dilma em cadeia de rádio e TV neste domingo e objeto de cerimônia no dia seguinte no Planalto. As declarações dos tucanos foram publicadas na edição desta quarta-feira (9) do “Correio Braziliense”.

Para líder da Minoria na Câmara, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), a ação visa principalmente obter votos em prol de candidatos apoiados pelo Planalto. “Se fosse eleitoreiro, mas bom para a população, estaria bem. O problema é que o governo usa a mentira como método e não cumpre o que promete”, reprovou.

Apesar de destacar o impacto positivo da ação entre as famílias mais pobres, o líder do PSDB, Bruno Araújo (PE), cobra da gestão petista melhorias no atendimento na saúde e ações para tirar as promessas do papel. “Durante a campanha, a então candidata Dilma prometeu construir quase 6,5 mil creches durante os quatro anos de mandato, o que daria uma média de 1,5 mil por ano — e que até agora não saíram do papel”, apontou.

De acordo com levantamento da assessoria técnica do PSDB na Câmara em ações do PAC, a lerdeza é generalizada no governo. Basta citar, por exemplo, que nada foi executado dos R$ 345 milhões previstos no orçamento de 2012 para a construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), outra promessa de campanha.

Ao jornal editado em Brasília, o deputado Duarte Nogueira (SP) ressaltou ainda que é preciso cuidado para que o programa não caia no mero assistencialismo. “Precisamos ver qual é a contrapartida para não ser somente um programa que não sirva para integrar socialmente os beneficiários e permitir o resgate social duradouro dessas famílias”, apontou.

De acordo com o “Correio”, o programa será batizado de “Brasil Carinhoso” e concederá renda mínima de R$ 70 para cada membro de famílias extremamente pobres, desde que tenham ao menos uma criança menor de 6 anos.

(Da redação com informações do “Correio Braziliense”/ Foto: Alexssandro Loyola)

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9 maio, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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