Crescimento estagnado

Aprovado requerimento de Azeredo para realização de seminário sobre desindustrialização

A comissão de Ciência e Tecnologia aprovou nesta quarta-feira (9) requerimento do presidente do colegiado, deputado Eduardo Azeredo (MG), pedindo a realização de seminário para discutir a desindustrialização. O evento será feito em conjunto com outras quatro comissões da Câmara e uma do Senado e em parceria com a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional e a Fundação Milton Campos. O assunto, de acordo com o tucano, causa preocupação, pois tem gerado desemprego e desaceleração do crescimento nacional.

Os debates do seminário, ainda sem data definida, devem servir para alertar sobre os riscos da desindustrialização. Na avaliação do tucano, o Brasil vive um momento de certa ufania econômica, mas existem ameaças concretas à indústria nacional. Um dos sinais, segundo ele, foi o fraco crescimento do Produto Interno Bruto em 2011. “O país foi o que menos cresceu na América Latina no ano passado (2,7%), enquanto a média foi de 4,4%”, destacou o parlamentar.

Além de deputados e senadores, foram convidados 27 economistas, empresários, representantes de ministérios e institutos ligados ao setor econômico. O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, está entre eles. O presidente de honra do PSDB foi o responsável por medidas que propiciaram a estabilidade econômica no Brasil e por essa razão poderá, segundo Azeredo, contribuir com o debate.

Na avaliação do deputado, o governo federal tem promovido poucas iniciativas para conter o atual enfraquecimento da indústria, que pode gerar diversos prejuízos para a sociedade. De acordo com ele, produtos asiáticos têm colocado em risco a produção nacional.

Na mesma reunião, a comissão aprovou o pedido do deputado Duarte Nogueira (SP) para incluir o nome de Flávia Lefèvre Guimarães, advogada da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), para participar de audiência pública, já aprovada, que tratará  das deficiências na prestação dos serviços de telefonia e o não cumprimento das normas do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor).

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)