Transparência


Mendes Thame ressalta importância da liberdade de imprensa para a democracia

O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP) destacou o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, comemorado nesta quinta-feira (3). O tucano considera que a liberdade de imprensa é essencial para um país democrático. “Esse é o direito primordial para consolidar a democracia. Sem ela, não há transparência, não se sabe aquilo que ocorre no exercício do poder”, declarou.

De acordo com o parlamentar, o governo federal tenta implantar no Brasil um projeto autoritário de amordaçar a imprensa. Um exemplo disso, segundo o tucano, é que os petistas estudam convocar jornalistas para depor na CPI do Cachoeira. “Tenta-se intimidar a imprensa, criticando-a pelo vazamento das informações, culpando-a de revelar fatos que deveriam ficar secretos, sob segredo de Estado, cerceando a população de conhecer e saber tudo aquilo que ocorre nos subterrâneos do poder, onde políticos são aliciados para vencer licitações e dessa forma desviar recursos públicos”, condenou. “Caminhamos para um governo autoritário, que tudo pode, tudo faz, porque não tem que prestar contas a ninguém”, completou.

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O deputado lamentou os inúmeros casos de violência contra os profissionais de comunicação. Em 2011, 29 pessoas ligadas ao setor foram assassinadas na América Latina. No Brasil, desde o início do ano, pelo menos quatro jornalistas foram mortos. Entre elas, Décio Sá, autor de um blog de denúncias de corrupção em São Luís do Maranhão. Na Colômbia, as Farc assumiram anteontem a autoria do sequestro de um jornalista francês, de acordo com informações do “Estado de S.Paulo”.

Mendes Thame elogiou a iniciativa de representantes das associações de editores do Brasil, da Argentina, do Chile, da Colômbia, do Equador e do Peru de divulgar um documento a fim de chamar a atenção para o número de jornalistas assassinados ano passado e a necessidade de lutar contra a impunidade que ronda os casos. “A declaração desses órgãos de imprensa reafirma a importância da liberdade de imprensa para o debate público, a formação de valores democráticos e a fiscalização das autoridades por parte dos cidadãos”, declarou.

Para o deputado, há um discurso anti-imprensa, que vem ganhando volume. “Em nome do combate a erros de jornalistas — muitas vezes erros lamentáveis —, o discurso investe contra a própria instituição da imprensa livre, propondo cerceá-la de mil maneiras diferentes”, criticou. “Demonizando os órgãos de informação, facilita ainda mais a rotina dos narcotraficantes e dos que matam jornalistas. E, matando jornalistas, vão acabar oprimindo todo o povo brasileiro”, acrescentou.

(Reportagem: Alessandra Galvão e Marcos Côrtes/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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3 maio, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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