Economia


Governo precisa criar ambiente econômico favorável para manter taxas de juros mais acessíveis, avalia Kaefer

O deputado Alfredo Kaefer (PR) avaliou positivamente o processo de redução das taxas de juros do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, englobando também as instituições privadas, mas ponderou que o Planalto vem forçando as instituições estatais a tomar esta providência. “Isso não se resolve por decreto. o O Planalto precisa criar fundamentos econômicos consistentes, ou seja, construir bases para a segurança da tomada de decisão a longo prazo. Que as taxas estão altas todos já sabem”, apontou.

O parlamentar do PSDB demonstrou preocupação com os gastos públicos, que não são reduzidos, criando a necessidade de mais e mais recursos para atender as despesas públicas. “Os bancos privados podem não acompanhar esse processo de queda de juros, o que poderá causar maior prejuízo ao comércio e a indústria com o desaparecimento do crédito na praça”, afirmou o tucano. Na opinião dele, é necessário fazer uma análise concreta e profunda dessa situação. “Só será possível baixar juro se o governo fizer a lição de casa”, reiterou, ao cobrar do Planalto a criação de um ambiente econômico favorável para manter as taxas mais acessíveis e sem afetar a oferta de crédito.

“É preciso registrar que a desindustrialização está visível e preocupa a todos. A redução de juros por si só não resolve a verdadeira causa do problema. Com dólar baixo, juro alto e carga tributária nas ‘nuvens’, as indústrias vêm perdendo espaço, principalmente para as importações da China”, afirmou. A valorização do câmbio reduz a competitividade dos produtos brasileiros, diminui a rentabilidade das exportações e inibe investimentos para a exportação. Com isso, prejudica o crescimento do país, as exportações e a balança comercial. Para Kaefer, o governo federal precisa ter ações mais concretas capazes de impulsionar a economia brasileira.

Ainda segundo o parlamentar, a gestão petista faz incursões pontuais como o “Reintegra”, promete devolver dinheiro para os exportadores de uma determinada área privilegiando, assim, alguns setores e deixando outros em situação crítica. “O governo promete uma desoneração de folha de pagamento para alguns setores, mas deixa de fora, por exemplo, várias atividades do agronegócio que são grandes produtores e exportadores como é o caso das carnes”, explica Kaefer. O tucano disse que o dirigismo do governo é tentar resolver situações pontuais, quando na verdade atitudes macroeconômicas, redução da carga tributária e amplo financiamento para os setores produtivo poderia resolver essa situação.

(Da assessoria do deputado, com alterações/ Foto: Alexssandro Loyola)

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3 maio, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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