Investigação ampla


CPI do Cachoeira é oportunidade de passar o Brasil a limpo, afirma Rogério Marinho

O deputado Rogério Marinho (RN) acredita que a investigação da CPI do Cachoeira é uma oportunidade de “passar o Brasil a limpo”. O tucano foi indicado como suplente da comissão pelo líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE). O parlamentar afirmou que o trabalho do colegiado em apurar as denúncias envolvendo o contraventor Carlos Cachoeira, políticos e empresários deve ser pautado por responsabilidade e serenidade. A CPI deve começar a funcionar na próxima quarta-feira (25) e será destaque na semana.

“Não temos dúvida que é uma oportunidade de passarmos a política do Brasil a limpo e verificarmos quem efetivamente tem vínculos com pessoas que estão à margem da lei”, resumiu nesta sexta-feira (20). “Todos os indicados pelo partido têm responsabilidade de fazer com que a investigação seja ampla, e não seletiva ou circunstancial. Ela deve abranger todos os aspectos e pormenores vazados pela imprensa para desvendar esse caso e dar uma satisfação à sociedade”, completou.

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O líder tucano indicou ainda o promotor de Justiça licenciado Carlos Sampaio (SP) e o delegado da Polícia Federal licenciado Fernando Francischini (PR) como titulares. Já Domingos Sávio (MG) será suplente.

De acordo com o deputado, as suspeitas de irregularidades atingem diversos órgãos, governos e o setor privado. É o caso da construtora Delta – principal credora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e apontada pela Polícia Federal como parceira do esquema de Cachoeira. “Os indícios levam a crer que a principal empresa operadora do PAC – o projeto mais importante do governo federal – tem participação do próprio Carlinhos Cachoeira. Mas tudo no momento são indícios, suposições. Iremos de maneira serena, sem pré-julgamentos, trabalhar de forma firme para honrarmos a missão que a legenda nos outorgou”, afirmou.

Marinho lembrou que o Congresso receberá toda a documentação das investigações do Ministério Público e da Polícia Federal sobre o caso. Ele ressaltou que, diante do volume das denúncias, a apuração dificilmente será concluída em 180 dias – prazo inicial do colegiado. “A CPI deverá ouvir os envolvidos e a partir daí vamos fazer nosso juízo de valor. A sociedade, como um todo, espera de nós isenção, mas também firmeza. Não podemos nos desviar do que o povo brasileiro espera”, concluiu.

Carlos Sampaio tem a expectativa de uma apuração imparcial e não chapa-branca. “Essa não é uma CPI de oposição contra situação ou vice-versa. O Brasil quer tirar a limpo quem de fato se envolveu com essa organização criminosa garantindo vantagens ilícitas. A nossa expectativa é que essa investigação ocorra com a isenção necessária”, declarou na última quinta-feira (12), quando as assinaturas para criação da comissão começaram a ser coletadas.

Adesão ampla

→ A CPI Mista do Cachoeira foi criada na quinta-feira (19) pelo Congresso Nacional. A comissão contou com a adesão de 90% dos senadores e 75% dos deputados, segundo informou o jornal “O Globo”.

→ O colegiado será composto por 15 deputados e 15 senadores, com igual número de suplentes. Os partidos devem escolher os integrantes até a próxima terça-feira (24), às 19h30, quando serão lidos os nomes dos indicados para o colegiado em sessão do Congresso. A previsão é que os trabalhos comecem na quarta-feira (25).

(Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Alexssandro Loyola /Áudio: Elyvio Blower)

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20 abril, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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