CPI oportuna
Sociedade quer detalhes das relações de Cachoeira com agentes públicos, diz Thame
O líder da Minoria na Camara, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), afirmou nesta quarta-feira (18) que a instalação da CPI do Cachoeira atende a um anseio da sociedade de saber com mais detalhes o que chamou de “relações espúrias” entre agentes públicos e privados tendo como figura central o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
De acordo com o tucano, a tese de petistas e do ex-presidente Lula de que a comissão de inquérito poderia ser usada para provar que mensalão é uma farsa não tem o menor fundamento e cairá por terra já no início dos trabalhos da CPI. Thame criticou duramente a estratégia política adotada pelo petista em seu governo para se relacionar com o Congresso.
baixe aquiNa avaliação do deputado, a justificativa do petista de que havia a necessidade de ter amplo apoio parlamentar abriu o espaço para “maracutaias sem limites” que acabaram descobertas e noticiadas pela imprensa, como o mensalão. Em breve os quase 40 réus do maior escândalo de corrupção da história recente do país serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal.
Segundo o líder da Minoria, é o contribuinte que paga a conta dos recursos desviados para o bolso de delinquentes em sucessivos escândalos como os que serão investigados pela comissão de inquérito. Thame espera que a CPI ajude a suprir os buracos da legislação que dificultam a recuperação do dinheiro público roubado e a punição dos que corrompem quem trabalha em estatais. Conforma explicou, atualmente a legislação foca a punição apenas nos funcionários dos governos.
“Empresas que distribuem recursos para agentes públicos para conseguir privilégios e roubar o erário não são incriminadas. A expectativa é de que a CPI sirva para deixar claras essas malversações dos recursos para avançarmos na legislação”, destacou o tucano. “Cada vez que melhoramos as leis estaremos enriquecendo nosso arcabouço jurídico para proteger a sociedade”, destacou o líder das oposições na Câmara.
(Reportagem: Marcos Côrtes/Foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Elyvio Blower)
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