Dados devassados


Bruno Araújo cobra medidas para impedir violação de informações sigilosas de deputados

O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), cobrou medidas da Casa para impedir que informações sigilosas de parlamentares sejam violadas. O tucano refere-se ao deputado Fernando Francischini (PR), cujos dados pessoais foram acessados por dois policiais militares, nomeados em cargos de confiança na Casa Militar do governo do Distrito Federal, segundo revelou auditoria interna do Ministério da Justiça. Para Araújo, o episódio é grave.

“Um deputado teve suas informações sigilosas absolutamente devassadas de forma ilegítima, ilegal e irregular pela autoridade do governo do Distrito Federal. Mais do que deputado, tivemos um cidadão com a sua proteção violada. É preciso que a Procuradoria Geral desta Casa tome medidas legais, formais e necessárias para proteger o exercício do mandato parlamentar”, afirmou.

De acordo com o líder tucano, a Câmara não pode se omitir em relação à questão ou tratar o assunto “como um caso banal”. “A passividade não é comum desse Parlamento e não faz parte da nossa história”, disse.

A consulta, sem autorização judicial, ficou registrada no sistema de informações de segurança do governo federal, o Infoseg. Araújo lembrou que o chefe da Casa Militar do DF, coronel Rogério Leão, confirmou o acesso ilegal aos dados de Francischini, em entrevista ao “Jornal da Globo”. “O sigilo foi absolutamente violado com reconhecimento público, em cadeia nacional de televisão, do chefe da Casa Militar de um governo que reconhece que deu ordem de fazê-lo”, destacou.

Quebra de sigilo

→ Os dados de Fernando Francischini (PR) foram acessados um dia após o parlamentar ter pedido a prisão do governador do DF, Agnelo Queiroz, por suspeita de lavagem de dinheiro, quando o petista era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola)

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17 abril, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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