Desaceleração


Azeredo cobra ações firmes para conter queda no crescimento da economia

O deputado Eduardo Azeredo (MG) fez um alerta nesta segunda-feira (16) para o desempenho preocupante da economia brasileira. De acordo com cálculos do Banco Central (BC) divulgados por “O Globo”, houve recuo nos números do crescimento do país pelo segundo mês consecutivo. O IBC-Br caiu 0,23% em fevereiro, levemente acima das apostas do mercado financeiro. Em janeiro, no comparativo com dezembro, a retração foi de 0,18%. O índice mede o crescimento da economia.

De acordo com o tucano, as informações apenas reforçam a preocupação com a área. Nos últimos 12 meses, o IBC-Br acumulou alta de 2,05% até fevereiro. O dado é menor do que no mês passado, quando estava em 2,44%, o que mostra uma desaceleração. “É preciso ter atenção redobrada. O Brasil não pode ficar nesse oba-oba da propaganda governamental”, alertou.

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Azeredo acredita que as medidas adotadas pelo Planalto não têm a abrangência necessária. Tratam-se, segundo ele, de ações pontuais, que não contemplam a economia como um todo e geram resultados tímidos. No início de abril, o governo anunciou um pacote de pouco mais de R$ 60 bilhões entre desonerações e nova injeção de capital no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas, de acordo com o deputado, as mudanças necessárias devem passar pelos investimentos, setor no qual o governo deixa a desejar.

“As medidas tomadas até agora são direcionadas para determinados setores, enquanto a questão fundamental para o Brasil voltar a crescer está na infraestrutura, e essa continua sem ações reais do governo”, destacou.

O objetivo do governo neste ano é garantir crescimento da economia na casa de 4%, apesar de o próprio BC calcular uma expansão de 3,5% no Produto Interno Bruto. Para tanto, o Executivo federal vem anunciando medidas para acelerar a atividade e estimular o consumo. No entanto, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que teria essa missão, continua em ritmo decepcionante. Até o último dia 13, apenas 0,8% dos recursos previstos no orçamento do ano havia sido efetivamente pago.

Se continuar no mesmo ritmo, Azeredo acredita que as metas estabelecidas pelo próprio governo não devem ser alcançadas. O Executivo persegue uma meta de crescimento do PIB de 4%. No ano passado, a aposta era de alta de 5%, mas o país só cresceu 2,7%. “Se não houver uma ação efetiva pela melhoria da infraestrutura no Brasil, dificilmente conseguiremos atingir o crescimento previsto também para este ano”, afirmou, ao destacar a importância de se aplicar mais e pensar em medidas eficazes para alavancar o crescimento.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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16 abril, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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