Não anda
Impasse entre partidos atrasa votação da reforma política, avaliam tucanos
Um impasse entre partidos adiou a votação do relatório da reforma política. Os parlamentares divergem quanto ao relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS) analisado pela comissão especial que discute o tema. Para Alfredo Kaefer (PR), o texto contempla apenas um lado. “Há uma diferença muito grande entre um anteprojeto que é de interesse do relator contra o que pensa a maioria”, afirmou.
Antonio Carlos Mendes Thame (SP) acredita que o atual relatório não resolve as falhas no sistema eleitoral. “O projeto apresentado contempla apenas uma visão. A visão do PT. E contra essa visão muitos dos deputados estão se insurgindo. Portanto, certamente haverá uma grande dificuldade para se aprovar”, disse.
baixe aquiDe acordo com William Dib (SP) é preciso chegar a um acordo e definir a votação. “Alguns partidos estão querendo camuflar a oposição baseados na obstrução das sessões”, destacou.
Segundo Eduardo Azeredo (MG), o impasse está entre votar o relatório por completo ou em partes. “É importante ter uma reforma política. Agora cabe realmente à mesa que dirige a comissão chegar à forma adequada de termos essa aprovação”, argumentou.
Para Marcus Pestana (MG), é preciso avançar para que a população se aproxime dos seus representantes. “É a necessidade de aprimorar a democracia brasileira que mostra sinais claros de esgotamento. E a atual crise ética mais uma vez comprova isso. O atual sistema favorece de forma agressiva essas distorções que estamos assistindo”, ressaltou.
O PSDB defende a implantação do voto distrital misto e o fim das coligações proporcionais. Na próxima quarta-feira, a comissão se reúne novamente.
(Reportagem: Artur Filho/ Áudio: Elyvio Blower)
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