Apuração ampla
CPI para apurar caso Carlos Cachoeira não pode ser “chapa-branca”, afirma líder do PSDB
A expectativa do líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), é que a CPI Mista para investigar a ligação de agentes públicos com o bicheiro Carlos Cachoeira não seja “chapa-branca”. Para o tucano, a apuração do colegiado deve ser transparente. Pela tradição, o comando das comissões parlamentares de inquérito fica com as maiores bancadas do Congresso. Dessa forma, o PMDB do Senado ficaria com a presidência, e o PT da Câmara com a relatoria. O deputado espera que a direção seja ocupada de forma democrática.
“Conhecendo que, mesmo formalmente, na proporcionalidade, a ocupação poderia se dar entre dois partidos da base aliada, nós e o Brasil esperamos que não se caracterize a chapa-branca, a ocupação na direção única e exclusiva por partido de governo. Que isso se dê de forma democrática, com a participação das oposições, e não mostre ao país que o interesse do governo seja proteger alguns e acusar outros, mas de apurar tudo com todas as consequências”, afirmou da tribuna, nessa quarta-feira (11).
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Araújo ressaltou que a investigação precisa ser abrangente. Para ele, a CPI não deve se limitar a descobrir as relações de Cachoeira com parlamentares, e sim analisar os três Poderes e empresas privadas. “Esperamos um texto enxuto que permita o acompanhamento e as interconexões da operação Monte Carlo com o setor público e com o setor privado. Uma CPI abrangente, que não só cuide dos investigados do Congresso, que saiba o que há nos demais Poderes da federação”, explicou. “Aqueles que apontaram que aquele polvo tinha apenas um tentáculo saibam: são diversos tentáculos. Um deles bate nas paredes do Palácio do Planalto, outros, vamos descobrir de forma coletiva”, completou.
A frase
“Que essa CPI Mista não se transforme em chapa-branca e permita ao país a devida investigação, de forma clara, democrática, honesta e atendendo aos mais importantes interesses da República“.
Líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE)
Comissão polêmica
→ Os grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, revelam a ligação de parlamentares com Carlinhos Cachoeira. Ele é acusado de comandar uma rede de jogos ilegais no país.
→ Segundo a Folha.com, durante todo o dia, os líderes da Câmara e do Senado negociaram o texto a ser apresentado para o início dos trabalhos da CPI. O documento deve obter apenas o objetivo sucinto das investigações, mas já causa polêmica.
→ Alguns deputados, principalmente do governo, defendem que a CPI se limite a descobrir as relações do empresário com congressistas. Outros, no entanto, acham que ela deve analisar os três Poderes além de empresas privadas, de acordo com o site.
(Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower )
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