Acerto de procedimentos

Por acordo, Francischini retira de pauta requerimento para ouvir Cachoeira e arapongas

Devido a um acordo, o deputado Fernando Francischini (PR) retirou de pauta o requerimento para realizar audiência pública com o bicheiro Carlos Cachoeira, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, apontado como um dos integrantes do esquema de grampos ilegais e o policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto, na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara. O objetivo do tucano é esclarecer as participações nos grampos ilegais investigados na operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

O pedido estava na pauta de votação do colegiado desta quarta-feira (11). Francischini explicou que recuou no requerimento por causa do compromisso dos presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de instalar uma CPI mista para investigar o caso. Com a criação do colegiado, o requerimento ficaria prejudicado. “Eu retirei de pauta por uma sessão, a pedido do presidente, esperando que a CPI seja instalada. O acordo é que se ela não for criada até a semana que vem, vamos votar o requerimento. Essa é uma forma de separar o político honesto do político bandido”, afirmou. Pelo acordo, se a CPI não for criada, o documento será incluído na pauta da comissão de Segurança Pública na próxima semana.

Rede ilegal
→ Os grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, revelam a ligação de parlamentares com Carlinhos Cachoeira. Ele é acusado de comandar uma rede de jogos ilegais no país.

(Reportagem: Alessandra Galvão)