Obras paradas
Mendes Thame: após atrasos, nome que melhor caracteriza o PAC é “Devagar Quase Parando”
Depois de seguidos atrasos, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderia mudar de nome: DQP (Devagar Quase Parando). A sugestão é do líder da Minoria na Câmara, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), que criticou a demora na entrega de diversas construções do projeto durante discurso nesta segunda-feira (2). O tucano destacou denúncia do jornal “O Globo” sobre as principais obras do PAC, carro-chefe do governo federal, que têm atrasos de até quatro anos.
Dentre as obras relacionadas pelo jornal estão a Ferrovia Norte-Sul, o eixo leste de transposição do Rio São Francisco, a TransNordestina e outras 10 megaobras, somando R$ 171 bilhões, que tiveram seus prazos revistos. Na opinião do líder, a denúncia do jornal revela a “incapacidade criminosa de gestão do governo”.
baixe aquiThame rechaçou a maneira como o governo, burlando a Lei de Licitações (8666/93), justifica os aditivos das obras em mais de 25% com laudos técnicos que demonstram falta de projeto e de análise técnica. “É inadmissível que obras como a da transposição do rio São Francisco que prevê a construção de 600 km de calhas e 9 estações de águas estejam paradas por falta de conhecimento e estudo do solo e tenham dobrado de valor sendo que ainda não levaram água para o semiárido nordestino”, criticou.
O líder lembrou que o PAC foi lançado em 2007 e não concluiu nem 10% das obras. “Portanto, a sigla que melhor caracteriza o governo é DQP (Devagar Quase Parando)”, ironizou.
Thame também citou dados de institutos como o Trata Brasil e Datasus que revelam que das obras de saneamento que estão no PAC apenas 8% das 114 foram concluídas até o final de 2011 e que 60% das obras estão atrasadas ou nem começaram.
Ciência sem Fronteiras
O parlamentar também comentou Editorial do Estadão denunciando o Programa Ciência sem Fronteiras que já enviou 11 mil estudantes e pesquisadores para o exterior, contudo, para muitos só pagou a passagem. “Também nesse setor estratégico do conhecimento tecnológico, sem o qual o Brasil estará condenado ao atraso, o governo petista não consegue romper a incompetência gerencial. O governo enviou alunos sob o compromisso de oferecer condições de sobrevivência e depois os entregou a própria sorte. Esquece o governo que estudantes não são estruturas de cimento nem valas que possam ser abandonadas”, finalizou o líder.
(Da assessoria da Liderança da Minoria/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)
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