O desperdício de água no Brasil, por Carlos Alberto Leréia


Nesse dia 22 de março, comemoramos o Dia Internacional da Água, por isso quero colocar em discussão um tema que há tempo se discute no Brasil, mas poucas ações são realizadas com êxito. Refiro-me às atividades imediatas para o uso correto do mais importante recurso mineral: a água. A política de racionalização deve ser debatida sempre, especialmente em memória ao dia.

Com base nessa situação, nosso país amarga números desastrosos para a futura geração. Dados apontam que o Brasil detém o recorde mundial no quesito desperdício de água por habitante. Situação alarmante que deixa o restante do mundo nos observando. Grandes centros urbanos brasileiros consumem diariamente por habitante entre 250 a 400 litros de água. O volume é superior ao dobro do considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU), fixada em 110 litros.

Fora dos parâmetros ideais, provocamos contraste com outras localidades ao redor do mundo. Países da África, como a Namíbia, chegam a gastar em média por dia menos de um litro de água por habitante. Ações de preservação devem ser tomadas com urgência para reverter a situação do alto nível de desperdício. Educação ambiental e conscientização da população são ações diretas e práticas que devem ser introduzidas não somente para os adultos, mas também nas instituições de ensino como uma nova postura diante do consumo racional de água.

Convém ressaltar que a população a cada dia cresce e a água potável encontra-se em um processo acentuado de escassez crônica, tornando mais difícil controlar a sua demanda. Dados da ONU revelam que quatro bilhões de pessoas terão problemas com escassez de água no ano de 2050.  A falta do recurso mineral causa a morte de 4 milhões de crianças por ano em consequência  de contrair doenças como a cólera e a malária.

O estudo destaca ainda que cerca de 17 países passarão por uma  absoluta insuficiência de água. Locais que não terão água suficiente para manter o nível de produção agrícola e nem satisfazer suas necessidades industriais e domésticas. Diante da escassez, há mais riscos de disputas e conflitos entre as nações pelo controle das fontes mundiais de água do que do riquíssimo petróleo.

A água é um recurso vital. Por isso, as colaborações dos agricultores, do poder público, das empresas, das instituições e da própria sociedade são de suma importância para o bom uso desse importante recurso mineral.

(*) Carlos Alberto Leréia é deputado federal pelo PSDB-GO. (Foto: Brizza Cavalcante/Ag. Câmara)

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22 março, 2012 Artigosblog Sem commentários »

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