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Falta de investimentos e demora do PT em privatizar aeroportos terão preço alto, alerta César Colnago

O deputado César Colnago (ES) criticou a ineficiência do governo federal na administração dos aeroportos e a demora em entregá-los à iniciativa privada. O parlamentar afirmou que o atraso da decisão do PT cobra um alto preço do cidadão. De acordo com cronograma da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os contratos devem ser assinados no início de maio. Dessa forma, o prazo para preparar os terminais para a Copa do Mundo será curto, segundo o tucano. O investimento previsto é de R$ 2,87 bilhões, destacou.

“Os concessionários terão pouco mais de dois anos para preparar minimamente os aeroportos brasileiros para a Copa. Para tanto, terão de acelerar os investimentos no período e fazer o que a Infraero não fez desde que nosso país foi eleito como sede, em outubro de 2007. Nos últimos nove anos o órgão nunca conseguiu executar mais que a metade de seu orçamento”, reprovou durante discurso em plenário.

De acordo com o deputado, a Infraero aplicou somente R$ 4,6 bilhões em infraestrutura aeroportuária entre 2002 e 2010. Em 2011, a empresa pública deixou de utilizar R$ 881 milhões previstos para construção e reforma de 23 aeroportos. “Muitas dessas obras são conhecidas como puxadinhos, uma marca do improviso governamental”, criticou.

Colnago ressaltou a resistência petista à ideia de privatização. “No governo Lula, a ideia foi rechaçada pelo então presidente. Na campanha eleitoral de 2010, o PSDB era atacado quanto à sua posição sobre o tema. Mas eleita e empossada, a presidente teve que admitir que se continuasse a insistir contra a privatização dos aeroportos certamente protagonizaria grande vexame na Copa do Mundo. Mais uma vez o PT faz no governo o que sempre condenou quando estava fora dele”, afirmou.

Para o tucano, a demora em agir do Planalto tem seu preço. “Enquanto a gestão do PT pensava se a privatização era a melhor maneira de solucionar ou não o problema, o fluxo de passageiros nos aeroportos brasileiros cresceu espantosos 153% desde 2003: o total saltou de 71 milhões para 179 milhões no período”, apontou.

Colnago destacou também que as regras para a concessão dos três terminais são consideradas precárias por analistas do setor aéreo. “Um dos aspectos criticados é a falta de metas bem definidas para aferir a qualidade dos serviços prestados no regime privado. Não se descarta que o modelo também pode resultar em tarifas mais altas para os cidadãos”, disse. “Esperamos que haja efetiva melhora para os usuários, mas alertamos para a necessidade da fiscalização desta Casa e da população diuturnamente”, concluiu.

Principais terminais

→ Em fevereiro, o governo federal anunciou a privatização de três aeroportos brasileiros: Cumbica (Guarulhos), Viracopos (Campinas) e Brasília. De acordo com César Colnago os terminais movimentam 30% dos passageiros, 57% das cargas e 19% das aeronaves do sistema brasileiro.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Luiz Alves/Ag. Câmara)

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16 março, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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