Moradia frágil


Falta ação incisiva do Executivo para combater doença de Chagas, alertam deputados

Para os deputados Nilson Leitão (MT) e Marcus Pestana (MG), é inacreditável que o governo federal não tome medidas para melhorar a qualidade de vida de pacientes com doença de Chagas. O jornal “Correio Braziliense” revelou que o Programa de Melhoria Habitacional para o Controle da Doença de Chagas foi excluído do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou que o projeto está fora do PAC.

Leitão destaca que seria possível construir mais casas de alvenaria em áreas infestadas pelo barbeiro, transmissor do mal, o que ajudaria a reduzir os casos. “O governo tem feito uma barbeiragem com o dinheiro público. Não é possível que não tenha recursos para isso. Com uma boa gestão, poderia salvar milhões de brasileiros, dar uma vida digna, segura e higiênica. É o mínimo que o governo poderia fazer”, finalizou.

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De acordo com o tucano, a gestão petista quer deixar a população pobre na dependência dos problemas sociais. “O governo brasileiro deveria ter um pouco mais de sensibilidade para entender que os brasileiros que mais precisam continuam excluídos da grande riqueza que o Brasil vem arrecadando nos últimos anos”, ponderou.

Segundo o “Correio”, a Funasa represou, nos últimos três anos, 63,6% dos recursos previstos para municípios de áreas endêmica reformarem ou substituírem casas suscetíveis à infestação do inseto. A maioria dos convênios foi encerrada sem a liberação dos valores.

“É preciso uma ação incisiva que priorize mais que retórica e marketing, e sim a assistência a essa população extremamente fragilizada. A doença atinge exatamente famílias que vivem no interior, em cidades pobres, na zona rural e que pertencem a uma faixa de renda muito baixa”, completou Pestana.

O parlamentar cobra uma ação eficiente e integrada entre ministérios para tratamento da saúde desses pacientes. Ele sugere a criação de um plano de moradia para atender as vítimas de Chagas. “A população é que sofre com isso. Com competência e planejamento é possível atacar esse problema habitacional”, concluiu. Para reformar ou construir novas casas para essas famílias, são necessários R$ 811,5 milhões.

(Reportagem: Artur Filho/ Fotos: Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)

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9 fevereiro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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