Disputa por terras


Para tucanos, Brasil e Paraguai precisam evitar conflito entre fazendeiros e camponeses

O governo brasileiro precisa agir com competência para evitar um possível conflito entre brasileiros donos de propriedades rurais no Paraguai – os “brasiguaios” – e os sem-terra daquele país. A cobrança vem do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), e dos deputados Carlos Alberto Leréia (GO) e Nilson Leitão (MT).

Os camponeses da nação vizinha planejam invadir fazendas em Ñacunday. Eles estão próximos aos terrenos exibindo machados e facões, enquanto os brasileiros contratam seguranças armados e estocam munição.

Play
baixe aqui

Guerra espera que Dilma e o presidente paraguaio, Fernando Lugo, tenham habilidade para contornar a situação. “O respeito à propriedade dos brasileiros e ao direito central de proteção, sobrevivência e garantia de vida devem ser dados imediatamente. Não adianta omissão nem conversa”, afirmou o tucano.

Leréia cobra uma providência firme do governo brasileiro para que os fazendeiros não sejam atacados. “O Planalto não pode deixar que isso ocorra e tem como evitar o problema. Se houver um trabalho conjunto entre os dois países, fica ainda mais fácil”, disse.

Para Leitão, o PT precisa deixar a ideologia de lado porque a vida dos cidadãos está acima desses interesses. “É necessário que o Brasil seja soberano, sem dar nenhuma chance  para que os brasileiros sejam tratados de forma desigual lá fora. Da mesma forma, os outros países exigem que os seus cidadãos sejam bem tratados no Brasil”, destacou.

Com receio da violência, os brasiguaios tiraram das lavouras parte dos maquinários pesados. O jornal “O Globo” informa que existe uma estimava de que cerca de 350 mil brasileiros vivam no Paraguai. Os camponeses acusam os fazendeiros de terem adquirido as terras com títulos falsos. Os brasileiros contestam e dizem que as propriedades são legais.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: David Ribeiro/Ag. Câmara/Áudio: Elyvio Blower)

Compartilhe:
3 fevereiro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *