Desastre ambiental
Mendes Thame critica omissão do governo em vazamento de petróleo em poço da Petrobras
O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP) condenou a omissão do governo no caso do vazamento de petróleo em um poço da Petrobras na Bacia de Santos, a 300 quilômetros da costa de São Paulo. Uma coluna de produção se rompeu na manhã de terça-feira (31), provocando o acidente.
Para o tucano, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) assumiram um papel subserviente. Ele acredita que a ANP não tem iniciativa e não fiscaliza problemas ambientais envolvendo a estatal.
baixe aqui“O que ocorre é que hoje estamos assistindo a uma verdadeira falência do poder público na fiscalização. Ele controla mal e não previne. Quando aplica multas, é de forma aleatória. Não tem consistência suficiente para que o valor seja pago, ou seja, quem recebe a multa recorre à Justiça e não paga nada”, acusou.
Mendes Thame ressalta que a ANP precisa se antecipar para evitar mais vazamentos de petróleo no litoral brasileiro. Segundo o parlamentar, é necessário estabelecer normas e obrigar o setor a cumprir as regras de segurança na perfuração.
De acordo com o deputado, se não houver um controle rigoroso, os estragos ao meio ambiente podem ser grandes. “Danos de difícil ou impossível reparação. O que tem ocorrido na exploração do petróleo no mar tem sido algo absolutamente incalculável”, disse.
A Petrobras informou que o vazamento de 25 mil litros de óleo foi contido no campo de Carioca Nordeste. Segundo a ANP, não há risco do produto chegar às praias santistas. Por causa do acidente, as ações da Petrobras na Bolsa de Valores de São Paulo caíram 0,18%.
(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Brizza Cavalcante/Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)
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