População oprimida


Deputados condenam silêncio de Dilma sobre violação de direitos humanos em Cuba

Os deputados Eduardo Azeredo (MG) e Walter Feldman (SP) criticaram a falta de uma posição da presidente Dilma Rousseff sobre as violações dos direitos humanos em Cuba, país onde desembarcou na segunda-feira (30) para visita oficial. Para os tucanos, a petista segue a estratégia de silêncio adotada pelo ex-presidente Lula.

“O governo é muito atento para criticar quando acontece um problema em países tidos como alinhados aos Estados Unidos. Mas se omite quando existe a situação inversa, como aconteceu em relação à Síria e à Líbia”, disse Azeredo. O parlamentar salienta que causa estranheza a ausência da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, em Havana.

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Feldman afirma que a presidente falha ao não cobrar do governo cubano o fim do regime que oprime a população. Segundo o tucano, Dilma repete a prática do seu padrinho político, Lula. “Causa um desânimo do ponto de vista do caminho da estrutura democrática brasileira. O Brasil não vem cumprindo esse papel. As confusões iniciadas no governo anterior, o “disse me disse” e a falta de encaminhamento positivo nos conflitos internacionais pelo jeito permanecem na gestão atual”, afirmou.

Mesmo pressionada por apelos de grupos dissidentes ao regime da ilha caribenha, Dilma não fez nenhuma declaração ao desembarcar. Em sua estada em Cuba, a presidente provavelmente não verá de perto as condições impostas aos cubanos. Segundo o jornal “O Globo”, os cidadãos ainda recebem um pão por dia, oito ovos a cada três meses e meio litro de óleo por mês. A entrega dos produtos é anotada em cadernetas.

Um dos objetivos da visita de Dilma é contribuir para o desenvolvimento do país. A presidente anunciou uma linha de crédito de US$ 523 milhões, aumentando para US$ 1,37 bilhão o financiamento brasileiro à ilha.

(Reportagem: Artur Filho/ Fotos: Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)

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31 janeiro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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