Modelo falido


Para Marcus Pestana, disputa por cargos em órgão de combate à seca sacrifica população

Enquanto o governo se ocupa com disputas por cargos no Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), alvo de denúncias de corrupção, a população de vários estados sofre com a estiagem. Para o deputado Marcus Pestana (MG), a omissão do Executivo sacrifica famílias e adia soluções. Ele avalia como “falida” a estratégia de garantir a governabilidade na base da troca de cargos e verbas.

De acordo com o tucano, é preciso dar um basta no modelo adotado pela administração petista, em que aliados brigam por cargos e não levam em conta os interesses do povo. Ele acredita que o governo precisa garantir qualidade na gestão pública, adotar um padrão de profissionalismo, e não ficar preocupado com a dança das cadeiras. ”Isso revela um governo sem controle, sem rumo. E infelizmente sacrifica a população em áreas essenciais, como combate a seca, a enchentes e catástrofes, urbanização e habitação. Vimos trocas de dirigentes e brigas de aliados em torno do Dnocs, do Ministério das Cidades, da Funasa”, disse.

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Matéria do jornal “O Globo” informa que nove municípios do sertão pernambucano decretaram emergência pela falta de chuva. O estado não recebe do governo federal os repasses de forma continuada. Só em Jutaí, há 1.200 pessoas passando sede. Na Bahia, mais de meio milhão de pessoas sofrem com a seca que atinge o semiárido desde o fim do ano passado. No total, 41 cidades estão em situação de emergência. O diretor-geral do Dnocs, Elias Fernandes, deixou o cargo nesta quinta-feira (26) após ser acusado de beneficiar com convênios o Rio Grande do Norte, seu estado de origem.

No estado de Alagoas, 38 cidades sofrem com a seca, que atinge quase um milhão de alagoanos. Enquanto o Rio Grande do Norte, terra do ex-diretor do Dnocs, concentrou as verbas em 2011, 327 municípios do Rio Grande do Sul estão em estado de emergência. Em Santa Maria, 95% da safra de milho já se perdeu. O governo de Santa Catarina estima que os prejuízos na agropecuária passem de R$ 500 milhões.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Gustavo Lima/Ag. Câmara/Áudio: Elyvio Blower)

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26 janeiro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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