Desaparecimentos de crianças: problema ainda sem solução
Infelizmente, o que já tinha sido concluído na CPI de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, em 2008, continua sem solução: milhares de crianças e adolescentes desaparecem no Brasil sem seus dados entrarem no cadastro nacional de desaparecimento.
O que falta para o Governo encarar com mais dignidade esse problema?
Sem sombra de dúvidas, políticas públicas e vontade política, é claro! A meu ver, gestão e novos procedimentos são os primeiros passos dessa jornada. A queixa deve ser registrada, na delegacia, a qualquer momento do desaparecimento, já existe uma lei que põe fim a questão de prestar queixa só depois de 48 horas e isso deve ser cumprido. Além disso, precisamos que as investigações se iniciem o mais rápido possível, para evitar que o sequestrador saia do mapa. Isso é só o início!
O país tem cadastro de veículos, cadastro de imóveis, mas não tem um cadastro de crianças desaparecidas que funcione. Dados indicam que, por ano, cerca de 50 mil crianças e adolescentes desaparecem. A maior parte desses desaparecimentos não é incluída no cadastro de pessoas desaparecidas. Por que isso acontece? Por que a polícia não aceita essas queixas? Por que não existe investigação?
Muitas famílias e organizações apelam para as redes sociais e para a internet, já que os sites do Governo Federal e dos Estados não se entendem. Alguns estados alegam ter seus próprios bancos de dados em virtude do mau funcionamento do cadastro Nacional em contrapartida o Governo Federal joga essa batata quente nas mãos dos Estados dizendo que a esfera estadual não atualiza esses dados. Enquanto isso famílias encaram sozinhas a busca por seus filhos desaparecidos.
(*) Texto publicado no blog da deputada
(Foto: Ag. Câmara)
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