Trocas pontuais


Marcus Pestana cobra mudanças estruturais em reforma ministerial prometida para 2012

O deputado Marcus Pestana (MG) disse nesta sexta-feira (20) que a reforma nos ministérios, prevista para o início de 2012, não deve sair do papel. As possíveis mudanças devem ser mínimas e se resumirão a troca de titulares que disputarão cargos eletivos. O jornal “O Estado de S. Paulo” afirma que a presidente Dilma Rousseff teria dito que a “reforma só existe na cabeça da imprensa”. Para o tucano, o governo demonstra fragilidade e falta de vontade para sanar irregularidades.

“Não há reforma ou ação alguma no sentido de promover mudanças estruturais no país. Isso mostra a fragilidade da presidente e a dependência de seu antecessor”, apontou o deputado. Em sua avaliação, a população está frustrada. “O que se esperava é que nesse segundo ano o governo passasse a ter a cara da presidente, mas o resultado é pífio. A montanha pariu um rato. Apesar de ela nunca ter afirmado que assim faria, havia a expectativa e a necessidade. A realidade mostra isso”, disse.

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Segundo Pestana, falta ao governo Dilma uma identidade própria. Para ele, uma reforma ministerial, com a substituição das indicações políticas por titulares que saibam conduzir as pastas, é capaz de gerar desenvolvimento. A condução do governo hoje é, na opinião do tucano, baseada em trocas e a governabilidade é garantida pela prática antiga de distribuição de verbas e cargos. “Isso é muito pouco para o país”, apontou.

O parlamentar destaca que a oposição continuará cobrando mudanças. Conforme alerta, o cenário atual é herança do ex-presidente Lula, que colocou a relação com os partidos aliados acima dos interesses nacionais.  “O tipo de relação com o Congresso e os partidos é um fatiamento, uma fragmentação do poder”, disse.

O tucano acredita que a mudança no Ministério da Ciência e Tecnologia foi acertada, mas trata-se de exceção. O Planalto resolveu nomear Marco Antonio Raupp, sem filiação partidária e com perfil técnico. Aloizio Mercadante, atual comandante do órgão, deve assumir a conturbada pasta da Educação, já que Fernando Haddad deixará o cargo para disputar a Prefeitura de São Paulo.

Também se cogita a saída de Mário Negromonte das Cidades. Apesar disso, o ministro garante que está mais firme do que as pirâmides do Egito e só sai caso se sinta indesejado.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Diógenis Santos/Ag. Câmara/Áudio: Elyvio Blower)

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20 janeiro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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