Punição aos responsáveis


Segundo dia de julgamento do assassinato de Ceci Cunha tem depoimentos de acusados

O julgamento dos suspeitos do assassinato da deputada federal Ceci Cunha (PSDB-AL) e mais três familiares prossegue nesta terça-feira (17), com o depoimento de dois dos réus. Jadielson Barbosa depôs pela manhã e negou participação no ocorrido. Ele foi identificado, durante a sessão de segunda-feira (16), como o responsável pelos disparos que vitimaram Ceci e seus familiares. A identificação foi feita por Claudinete Maranhão, irmã da ex-parlamentar e a única sobrevivente do crime, ocorrido em 1998.

Foram ouvidos na parte da tarde Alécio Vasco e o ex-deputado Talvane Albuquerque (apontado como mandante do crime). Os outros dois réus, Carlos Alexandre e Mendonça Medeiros, foram inquiridos na segunda-feira.

Vasco alegou ser “vítima de uma armação”. Ele declarou que, por ser funcionário de Talvane Albuquerque à época, acabou relacionado com o crime, mesmo sem ter participado do incidente, de acordo com sua versão. Albuquerque declarou não ter rivalidades com Ceci Cunha. Ele afirmou que foi apontado como mandante do homicídio devido a boatos espalhados por Arapiraca.

Dirigentes e lideranças do PSDB em todo o país estão em Maceió para o acompanhamento dos trabalhos da Justiça. Nos dois primeiros dias de trabalho, o plenário esteve com todos os seus lugares ocupados. Manifestações na capital alagoana pedem o esclarecimento dos fatos e punição dos responsáveis.

Emoção marca primeiro dia

Nessa segunda-feira (16), margaridas foram distribuídas por amigos e familiares da ex-deputada. A iniciativa tinha um significado especial: ela segurava a flor quando foi assassinada, em 1998, junto com outras três pessoas, na casa de sua cunhada. A filha de Ceci, Adriana Cunha, guarda até hoje a margarida do dia do crime. Foi nesse clima de emoção e expectativa que os jurados ouviram as testemunhas de acusação e de defesa, além dos depoimentos dos réus Carlos Alexandre e Mendonça Medeiros.

Emocionado, o filho de Ceci Cunha, Rodrigo Cunha, falou sobre o julgamento. “Não tenho dúvidas de que os acusados sairão daqui condenados. Foram 13 anos de espera, mas chegou a hora de a justiça ser feita”, afirmou. A presidente nacional do PSDB Mulher, Thelma de Oliveira, também falou sobre o caso. “Não é possível que em um país onde a democracia está consolidada um caso assim fique impune. Temos certeza da vitória”, disse.

(Da redação com informações da Agência PSDB / Foto: George Gianni)

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17 janeiro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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