Combate às drogas
Governo petista despreza problema do crack e deixa projetos de repressão no papel, avalia Feldman
O deputado Walter Feldman (SP) rebateu nesta terça-feira (17) as críticas contra as ações de combate ao crack promovidas pelo governo de São Paulo. O parlamentar lembra que a gestão tucana no estado tem lutado para resolver o problema das drogas, ao contrário do Executivo federal, que pouco faz no setor. Petistas como o ministro da Educação, Fernando Haddad, atacam as medidas adotadas na região, mas não tiram projetos do papel.
Reportagem do jornal “Correio Braziliense” informa que a administração petista faz muita propaganda e age pouco no combate ao crack. As propostas da presidente Dilma Rousseff de repressão à droga ficaram na promessa. De acordo com a matéria, 40 dias depois de lançado o plano “Crack, é Possível Vencer”, a batalha contra a droga ainda não começou no plano federal. Na área de repressão, nada foi realizado. As promessas não cumpridas incluem aumento de efetivo policial nas fronteiras, contratação de agentes federais e câmeras para monitorar a rotina nas cracolândias.
baixe aquiFeldman questiona quais ações o PT adotou para combater a entrada de entorpecentes no país. “Eu pergunto o que o governo de fato vem fazendo, além do anúncio de um programa nesses anos todos para que o problema do crack como um todo, principalmente nas fronteiras, seja resolvido?”, indaga.
Para o deputado, Dilma deveria somar esforços ao governo de São Paulo e combater o consumo da substância. Segundo Feldman, é preciso cuidar das fronteiras e evitar a entrada do produto. “Sabemos que o problema da droga é fundamentalmente um trabalho ligado à articulação de um trabalho nas fronteiras para identificar países como Colômbia, Bolívia e Equador, que são os verdadeiros exportadores. Portanto, envolve questões de relações internacionais”, comentou.
Em entrevista à “Rádio Jovem Pan”, o governador do estado, Geraldo Alckmin, lembrou que São Paulo não produz drogas. Como recorda o tucano, o governo federal é o responsável pelas fronteiras nacionais, por onde passam os entorpecentes. “Somos produtores de laranja, de cana, de soja, não de cocaína. Então, é evidente que há a necessidade de reforçar uma polícia de fronteira, porque esse não é um problema da cracolândia aqui. É um problema que há no Brasil inteiro”, afirmou.
De acordo com declaração de Alckmin para a “CBN”, o governo paulista já comprou 80 leitos no Américo Bairral e vai ampliar e criar novas unidades de atendimento. Durante as ações na cracolândia, foram feitas 1.782 abordagens. Foram encaminhadas para unidades de saúde 266 pessoas e outras 80 foram internadas voluntariamente.
(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Marcelo Cassal Jr./ABr/Áudio: Elyvio Blower)
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