Política perversa


Walter Feldman afirma que política assistencialista do PT estimula desigualdade

A política assistencialista do PT aumenta a desigualdade entre as regiões do Brasil, afirma o deputado Walter Feldman (SP). Os gastos do governo federal com projetos de transferência de renda chegam, na maior parte, aos locais mais pobres, enquanto a atuação do poder público em saúde e educação, serviços essenciais à população, se concentra nas regiões ricas, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Para Feldman, o Executivo age de forma perversa ao manipular a população com objetivo eleitoreiro, o que compromete o desenvolvimento do país. O tucano acredita que houve uma descaracterização do Bolsa Família, implantado pelo governo Fernando Henrique Cardoso. A iniciativa tinha como ideia distribuir renda às famílias carentes desde que as crianças frequentassem estabelecimento de ensino. Com o PT, a ação ganhou viés assistencialista.

“Aquele programa tinha como característica básica a melhoria da estrutura funcional da empregabilidade, permitindo a preparação gradativa desta geração por meio da qualificação técnica, profissional e educacional. Precisamos de ações que retomem a cidadania”, disse.

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Ele acredita que a política atual, inaugurada por Lula e mantida por Dilma Rousseff, levará o país à estagnação. “Falta medida que consiga reduzir a miséria de municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano”, avalia. “Não teremos um Brasil moderno, avançado, se incentivarmos essas diferenças.”

Na realidade, verifica-se muita propaganda. A transposição do Rio São Francisco, que poderia melhorar a vida de milhões de nordestinos, ficou apenas no discurso. “Vemos constantemente obras abandonadas, esquecidas, deterioradas. Os empreendimentos poderiam ajudar os menos privilegiados. Mas novamente entra a marca populista, e não a realista”, concluiu.

De acordo com o “Valor Econômico”, o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, garante que a União precisa redirecionar seu foco de atuação, pois ao contrário do que se pensava, não existe a universalização do ensino fundamental. Segundo ele, é inadmissível essas diferenças tão acentuadas. Prova da disparidade, 68,8% da população de 15 a 17 anos frequentam a escola no Distrito Federal. Em Rondônia, apenas 31,5% nessa faixa etária estão em sala.

(Reportagem: Artur Filho / Foto: Elton Bomfim / Áudio: Hélio Ricardo)

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11 janeiro, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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