Baixo desempenho

Para Jutahy Junior, queda no ritmo das obras no governo Dilma afeta população
O baixo desempenho na execução de obras no primeiro ano do governo Dilma Rousseff atinge diretamente a vida dos brasileiros, na avaliação do deputado Jutahy Junior (BA). Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” comparou os investimentos de 2011 e 2010 e identificou uma redução de R$ 2,8 bilhões. O valor equivale a quatro vezes o custo das cheias no Rio Uma, em Pernambuco.

Para o tucano, a máscara de boa gestora da presidente cai por terra. “O que a população já tinha sentido, agora os números comprovam. Das obras que foram prometidas, praticamente todas não começaram, pararam ou estão atrasadas. Isso é uma demonstração inequívoca de que é um governo que tem pouca capacidade de atuar para atender as necessidades reais da nossa população. Esse investimento baixíssimo tem consequências graves na vida das pessoas”, afirmou.

O deputado destaca que, quando a administração deixa de quitar as contas do governo anterior, a situação se agrava. “Temos hoje uma situação de restos a pagar muito grave. O fato mostra que pelo menos um ano do governo está perdido”, ponderou.

De acordo com dados do Tesouro Nacional, a gestão Dilma começou este ano com R$ 57,3 bilhões de restos a pagar. Segundo o “Estadão”, o número é maior do que o antigo recorde de compromissos deixados pelo governo Lula. Conforme alerta o Tribunal de Contas da União (TCU), essa dívida inibe novos investimentos. Em 2011, foram gastos R$ 25,3 bilhões em pagamentos de faturas pendentes. No entanto, Dilma destinou apenas R$ 16,6 bilhões para novos projetos.

Jutahy lembra que, diante dos atos de corrupção e quedas de ministros, o país passa por um período de profunda letargia. “Em uma administração que se notabilizou no primeiro ano com escândalos em todos os ministérios, a consequência é essa”, completou.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Laycer Tomaz/Ag. Câmara/Áudio: Hélio Ricardo)