Desindustrialização

Tucanos afirmam que política cambial do PT é desfavorável à economia brasileira

O governo é incompetente ao deixar o câmbio à deriva, cobrar altas taxas de juros, incentivar uma política de supervalorização do real e manter uma voraz carga tributária, avaliaram nesta segunda-feira (2) os deputados Alfredo Kaefer (PR), Vaz de Lima (SP) e Valdivino de Oliveira (GO). Como consequência dessa política petista, a economia enfrenta um processo de desindustrialização.

A crítica é uma referência à constatação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, a área perderá mais espaço em 2012, pressionada pela crise, câmbio desfavorável e concorrência dos importados. A sequência de fatores terá impacto direto no Produto Interno Bruto (PIB). Pelas estimativas do mercado, a soma das riquezas do Brasil tende a ficar menor este ano, em comparação com 2011.

Kaefer afirma que o Planalto iludiu os empresários com o Plano Brasil Maior, que não saiu do papel. Segundo o tucano, os exportadores estão sufocados. “E cada dólar que você exporta a menos é um emprego que deixamos de gerar”, disse.

Para Vaz de Lima, os dados da CNI alertam para o cenário caótico, desprezado pelo PT. Ele acredita que o governo brinca ao não adotar nenhuma medida para controlar a desindustrialização. “Ou investimos em mão de obra e na nossa indústria, ou o país vai ter problema. Os outros países agem exatamente ao contrário”, ponderou.

Valdivino diz que o processo decorre de várias ações cambiais desfavoráveis. O tucano lembra que o país exporta muito, mas sem valor agregado. “Não conseguimos dar dinamismo maior à produção. Por que as nações asiáticas crescem 3 ou 4 vezes mais? Porque adotam medidas para proteger o parque industrial”, comparou.

De acordo com a CNI, a indústria nacional deverá crescer apenas 1,8% em 2011 e os serviços 3%, frente a aumento do PIB de 2,8%. O “Estado de S. Paulo” destaca ainda que, para 2012, a expectativa de expansão da área é de 2,3%, para alta do PIB de 3% e de 3,3% dos serviços. A CNI e Fiesp criticam a demora do governo em fazer decolar o Brasil Maior.

(Reportagem: Artur Filho / Foto: Atônio Milena/ABr / Áudio: Hélio Ricardo)