Governo ineficiente
Alberto Mourão e Vaz de Lima criticam baixo investimento em ferrovias
Os deputados Vaz de Lima (SP) e Alberto Mourão (SP) exigiram nesta sexta-feira (16) que o governo aumente os investimentos nas ferrovias brasileiras. Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostrou que, de 1997 a 2010, os aportes das empresas privadas na malha ferroviária alcançaram R$ 24 bilhões. No mesmo período, as aplicações federais somaram apenas R$ 1,3 bilhão.
De acordo com o levantamento, os orçamentos do setor privado atingirão R$ 3 bilhões em 2011. O montante é praticamente o mesmo registrado durante o ano passado, quando foram injetados R$ 2,9 milhões. Segundo a entidade, são necessários pelo menos R$ 151 bilhões. O valor refere-se à implantação de projetos sugeridos no Plano CNT de Transporte e Logística.
baixe aquiPara Alberto Mourão, o descaso do Executivo, além de penalizar a infraestrutura, impede o avanço da área produtiva. “O governo tem gastado pouco e muito mal”, criticou. “Não estão sendo priorizados os investimentos necessários para que melhore a condição para a produção.”
Mourão defende que o Planalto priorize a acessibilidade terrestre. “Quando vemos investimentos feitos apenas pelo setor privado, não há dúvida que haverá um problema sério”, pondera. “As ferrovias precisam de infraestrutura para que o custo de logística, que hoje está em quase 20%, seja reduzido.”
Vaz de Lima ressalta que o fraco desempenho em obras essenciais enfraquece o crescimento do país. “Para o PT está tudo bem porque a economia está em alta. Porém, no futuro, teremos problemas por falta de infraestrutura em ferrovias, rodovias, em portos e aeroportos.”
Gargalos
→ A pesquisa da confederação mostrou, ainda, que 94,4% das empresas têm contrato de prestação de serviço com as concessionárias com interesse em investir em obras ferroviárias. Para 39,4% dos entrevistados, o principal obstáculo para o uso desse transporte é o valor do frete.
→ Apesar dos gargalos, a pesquisa da CNT apontou que a quantidade de carga transportada nos 13 principais corredores de escoamento passou de 404,2 milhões de toneladas úteis em 2006 para 470,1 milhões em 2010, o que representa um aumento de 16%.
→ O sistema ferroviário brasileiro é composto por 30.051 quilômetros de extensão em 12 malhas concedidas, sendo que 11 delas são operadas pela iniciativa privada. De acordo com o levantamento, 60% dos clientes usam transporte rodoviário há menos de 20 anos e 65,9% utilizam terminais próprios.
(Reportagem: Laize Andrade / Foto: Elza Fiúza/ABr / Áudio: Elyvio Blower)
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