Áreas de risco


Parlamentares lamentam descaso com obras de prevenção de desastres naturais

O governo federal reconheceu que não conseguirá impedir novas mortes no próximo verão por conta de desastres naturais. Enquanto o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, admitiu a demora em retirar moradores de áreas de risco, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, reconheceu que o Executivo não será capaz de impedir que mais pessoas percam a vida no período de chuva. Os deputados César Colnago (ES) e William Dib (SP) lamentaram o descaso e cobraram medidas urgentes para reduzir o impacto das tempestades.

De acordo com o Ministério da Integração Nacional, foram identificados 251 municípios onde há áreas com risco elevado de desastre. No entanto, apenas 58 foram mapeados com o objetivo de localizar os bairros mais vulneráveis para fins de remoção da população afetada. A previsão é de que só em 2014 tudo esteja pronto. Como mostra o jornal “O Globo”, todas essas cidades ficam nas regiões Sul e Sudeste.

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“Isso tudo é muito grave porque expõe a população aos riscos. Tudo, inclusive as afirmações dos titulares, só demonstra a ineficiência do governo, pois esse não é um problema novo”, apontou Colnago. Para o tucano, é uma irresponsabilidade não colocar em prática um plano de prevenção, que há muito o Planalto promete.  “É muita falta de compromisso e consideração com o povo brasileiro. O Executivo precisa se voltar completamente para essas questões”, reforçou.

Segundo Dib, todos os anos são dadas as mesmas desculpas. O parlamentar afirma que pouco foi feito no setor pela gestão petista desde o primeiro mandato de Lula. Por conta disso, catástrofes naturais tomaram grandes dimensões, como visto nos últimos anos em Santa Catarina, Alagoas e Rio de Janeiro.  “É muito triste, pois mais vidas serão perdidas com a mesma passividade de sempre”, lamentou.

Investimento tardio

O ministro Fernando Bezerra informou que sua pasta investiu R$ 271 milhões em obras de prevenção, entre elas as de contenção de encostas. Só agora serão liberados R$ 48 milhões para equipar as Forças Armadas, que atuam nas situações de calamidade. Medida provisória neste sentido será assinada pela presidente Dilma Rousseff. Segundo o ministro, essas verbas serão destinadas às regiões Sul e Sudeste. Mais R$ 48 milhões deverão ser liberados até maio de 2012, com o mesmo propósito, para as regiões Norte e Nordeste.

(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)

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16 dezembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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