Consultorias suspeitas


PSDB representa contra Pimentel na Comissão de Ética e no Ministério Público

Os líderes do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), e no Senado, Alvaro Dias (PR), protocolaram nesta quarta-feira (7) representações na Comissão de Ética Pública da Presidência da República e no Ministério Público Federal do Distrito Federal contra o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel. Os documentos foram motivados por suspeitas levantadas pela imprensa sobre consultorias prestadas pelo gestor a empresas privadas. Os contratos renderam cerca de R$ 2 milhões em menos de dois anos.

Ao colegiado, os tucanos pedem a abertura de processo administrativo para a apuração da conduta de Pimentel “em razão da possível prática de ato atentatório contra os princípios éticos que norteiam as atividades dos órgãos superiores da Presidência da República e a quebra de decoro por parte do representado”.

Play
baixe aqui

Ao MPF-DF, eles solicitam a abertura de inquérito civil para apuração de possível improbidade consistente em enriquecimento ilícito decorrente de tráfico de influência. Nessa ação, os líderes lembram que o órgão decidiu pela investigação no caso do ex-titular da Casa Civil, Antonio Palocci. Ele pediu demissão após denúncia de que teria faturado R$ 20 milhões como consultor de empresas. “Passados pouco mais de cinco meses, a história se repete, agora com outro ministro”, afirmam os parlamentares na ação.

Para Nogueira, há semelhanças entre os casos Palocci e Pimentel. “O ministro é apontado como dono de uma consultoria que teve relacionamento milionário com empresas e entidades com interesses dentro do governo”, destacou. “As semelhanças são consultorias que, em curto espaço de tempo, os fizeram ganhar milhões de reais, mas que até agora não foram explicadas”, completou.

Pela manhã, deputados do PSDB criticaram a blindagem feita ao titular do Desenvolvimento na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Vaz de Lima (SP) rechaçou as afirmações de governistas de que não caberia aos parlamentares a apuração de práticas do ministro quando ele ainda não ocupava o cargo na Esplanada. Para ele, as possíveis atitudes ilícitas de Pimentel podem estar sendo encobertas por se tratar de um amigo íntimo da presidente Dilma Rousseff.

(Da Assessoria de Imprensa da Liderança, com alterações/ Foto: David Ribeiro/Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)

Compartilhe:
7 dezembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *