Arapongagem


Sérgio Guerra exigirá da PF explicações sobre grampo no Acre

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmou que exigirá do Ministério da Justiça e da Polícia Federal explicações sobre o grampo telefônico  realizado contra o comitê do partido no Acre durante as eleições de 2010. “É uma denúncia muito grave. Vamos reagir, com certeza, a qualquer grampo, a qualquer pretexto, no Acre ou em qualquer lugar. A Polícia Federal terá que esclarecer o seu papel nesse episódio”, afirmou.

O deputado federal e presidente do PSDB no Acre, Márcio Bittar, disse que a divulgação do grampo é uma comprovação de algo que os líderes da oposição no estado sempre desconfiaram. “Infelizmente, a política no Acre é comandada por ‘coronéis’ que violam os princípios do Estado Democrático”, afirmou o parlamentar.

Segundo informações divulgadas pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, as linhas telefônicas do comitê do PSDB no Acre em 2010 foram grampeadas pela Polícia Federal. A ação tinha como objetivo, segundo a PF, monitorar a deputada Antonia Lucia (PSC), mas acabou por registrar mais de 360 horas de conversa entre os dirigentes da campanha do PSDB no estado. As escutas gravaram trocas de mensagens sobre o cotidiano da disputa eleitoral no estado e também a respeito da organização da campanha do candidato do PSDB à Presidência em 2010, José Serra.

Bittar disse também que circulam, no Acre, CDs e DVDs em que há outras gravações de conversas telefônicas entre dirigentes do PSDB local. “O fato é que o grampo nos telefones do partido no Acre virou uma prática constante. Na minha avaliação, isso nos leva de volta ao tempo das cavernas, acaba com o sentimento de democracia”, disse.

Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), definiu a realização dos grampos como uma “violência”. “Um grampo telefônico sem autorização judicial é uma afronta à Constituição. Trata-se de uma arapongagem, uma prática fascista”, declarou. Para Dias, é preciso que a PF esclareça o episódio do Acre – até mesmo pela preservação da própria reputação. “A Polícia Federal é uma instituição respeitada. Quando há autorização judicial, quando ela atua na legalidade, presta importantes serviços ao país. Mas infelizmente existem casos onde há excessos”, disse.

Por meio de nota à imprensa, Serra afirmou: “Trata-se de um fato gravíssimo que precisa ser investigado a fundo. Acrescenta-se a outros episódios da mesma natureza, como as quebras ilegais de sigilo fiscal na tentativa de usá-los como armas eleitorais.”

(Da Agência PSDB, com alterações/ Foto: Ag. Senado)

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7 dezembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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